15.2.11

Obrigada

Uma vez me disseram que a vida é cheia de encontros e desencontros. E o que vale mesmo é o que aprendemos com esses momentos e com as pessoas que cruzam nosso caminho. Então hoje eu decidi escrever sobre nossos encontros. 

No começo, quando eu era bem pequenininha, nos encontrávamos à noite. Eu com cólica e você com sono, com paciência e com uma madrugada inteira de massagens pra me fazer dormir.

Depois de uns anos voltávamos a nos encontrar à noite, mas desta vez em dois momentos: primeiro, quando você chegava do serviço e eu te esperava embaixo do sofá pra te fazer surpresa e o segundo novamente  na madrugada quando eu abria a porta do quarto e pedia pra você ir ao banheiro comigo.

Mais crescidinha nos encontrávamos quando você ia me pegar na escola para almoçarmos juntos e quando você me pegava numa festinha qualquer. Também haviam os encontros quando eu te acompanhava para comprar pão, alugar um vídeo (agora DVD) ou mesmo numa de suas viagens para o interior.

De uns tempos para cá, muitas vezes, nos encontramos mais na Internet do que ao vivo.  Mas ainda assim nos vemos algumas manhãs e claro, nos sonhos que dividimos juntos. Não somente quando dormimos, mas também quando tomamos uma cerveja gelada e soltamos para fora nossas maiores desejos, como a tão sonhada viagem para Nova York ouvindo Frank Sinatra.

E aí eu penso, que mesmo que você passe pela porta do meu quarto de manhã e eu não esteja mais dentro dele, a porta da minha vida sempre estará aberta para continuarmos os nossos encontros, pois graças a você e a mamãe eu tenho uma porta linda com dois números e uma fechadura novinha para recebê-lo sempre que você quiser me encontrar. 

Obrigada, Pop