16.3.10

desabafos


Faz tempo que não passo aqui e tenho dois assuntos que gostaria de dividir com vocês. Um tem a ver com o outro e são bem pesados. Ainda há um terceiro assunto, que também é pesado. Bom, vou tentar enxugar um pouco e cortar os detalhes que alongam.

Trabalho em grupo: só para deixar claro, eu adoro trabalhar em equipe, mas, fazer trabalho em grupo eu detesto e sempre detestei. Ainda mais quando você mal conhece o grupo que se juntou com você; quando você não tem tempo de respirar no final de semana, mas tem que ter tempo de fazer trabalho pra nota; quando você recebe mil e-mails por dia e ainda tem que abrir e-mail atrasado de alguém do "grupo" etc. Eu simplesmente odeio e voltei a viver isso na pós. Pausa: na pós. O que poderia ser algo prazeroso, discutir com outras pessoas diferentes temas e abordagens tornou-se um inferno. Quando o professor já olha com aquela cara de: pessoal, trabalhinho eu começo a ter ânsia. Pra começar: trabalhinho? A gente tá na pré-escola pra falar desse jeito? E outra: por que eu tenho que fazer em grupo? Pra depois acontecer que nem agora? Cada um faz uma parte, a gente junta tudo, tenta deixar com a mesma linguagem e entrega? Enfim ...

Aprendizados da faculdade: zero e isso muita gente já sabe. Mas eu ainda acreditava que não era assim. Engano. Se você está lendo meu blog e ainda está nos primeiros anos da faculdade te dou um conselho: pense bem no tipo de carreira que você quer levar ok? Eu achava o máximo ficar no estúdio fazendo produção de telejornal ou passar horas no estúdio de rádio narrando e preparando textos. Pois bem: há cinco anos estou em outra área. Aliás, a mesma área que vários focas saem da faculdade e escolhem seguir. Mas daí, quando entro numa aula da pós e o professor me fala conceitos básicos de administração e marketing eu não sei nada. Por que? Porque na faculdade passei horas nos estúdios me preprando para o básico da minha profissão, quando, na verdade, o mercado de trabalho mudou mas a grade curricular, não. Hunf.

O cara de Cuba: parei de ler e não me importo mais. Estava acompanhando a greve de fome que ele estava fazendo, mas depois que ele desmaiou eu desencanei. Não concordo muito com essa coisa de anorexia, greve de fome essas coisas, enquanto tem uma porrada (uma porrraaaada mesmo) de crianças morrendo de fome no Brasil e no mundo. Mas, cada um é cada um.

Para quem achou tudo bizarro e discorda, por favor, releve. Falta um mês para meu aniversário e devo estar no inferno astral. Ou não.

2 comentários:

Marcelo disse...

Eh! Voltou!
Bom, trabalho em grupo é uma porcaria, sempre. Mesmo com um grupo de amigos. Uma amizade pode acabar por causa de uma apresentação mal feita de seminário. (eu tenho dois casos de grupos assim...)
Faculdade só te dá o básico, às vezes nem isso. O próprio mercado já faz assim para vc continuar na pós...
Vc nunca parará de estudar!
Greve de fome? Tô fora. Tem coisas mais bem feitas de serem feitas para chamar a atenção para uma causa!
Beijos!
P.S.: fica só twitando e nem passa mais por aqui...

Lissão Albuquerque disse...

Eu também nunca gostei de fazer trabalhos escolares em grupo,muitos deles fiz sozinho e até mais bem feito que se estivesse em grupo. Hoje to no meio de campo de uma indústria onde todas as informações passam por mim e lidero uma equipe de 7 pessoas. Uma das vantagens - se é que podemos chamar assim - sobre o mercado de trabalho é que primeiro eu fui conhecer o-lo e depois entrei numa faculdade. Dava pra notar a diferença de pessoas de 18 anos empolgaddas em estar iniciando um curso superior e caras mais velhos com o pé no chão. Tanto é que meu curso é tecnologia e não bacharelado, acaba sendo mais especifico, mais focado para o que eu quero de verdade, sem as aulas enche linguiça. pois a parte burocrática nenhuma teoria pode ensinar, só o dia-a-dia.