26.11.07

Tin tin por tin tin

Há tanto para escrever. Incrível como eu gosto disso. Tem gente que fala: fulano nasceu pra coisa! Quando eu comecei a soltar a voz nas aulas de locução me diziam isso: vc nasceu pra coisa. Entendi aquilo como um elogio e como um dom. Sei que escrever não é lá meu forte, mas quando quero mando bem. E espero fazer isto agora. Narrar em poucas linhas algumas coisas que marcaram meu final de semana. O ótimo final de semana.

Após uma surpresa na sexta-feira de que eu iria trabalhar num casamento no sábado, a tarde se passou rápida demais com direito à ida ao Jóquei Clube para reconhecimento do local da super festa. Conheci a presidente de uma das maiores agências de publicidade, que fez questão de andar por todo evento e apresentar cada cantinho para nós, inclusive, a nave-mãe (sim, ela montou a estrutura de um altar no jardim). Embasbacada - é essa a palavra- com a simplicidade daquela mulher e a força que ela mantinha no olhar e na conversa narrando o planejamento de mais de 6 meses e do hard work de subir tudo aquilo em 20 dias enxerguei ali uma colega. Esse tesão para trabalhar poucos sentem e posso me considerar nesta listinha selecta. Gostei dela.

No sábado, grandes preparativos para o casamento. Toca correr pra pegar o terninho no tintureiro, marcar escova, chamar a amiga pra me maquiar, chamar o táxi, suar, falar, andar, chegar! Ufa. Deu tempo. A função de porteiro, cara crachá se estendeu por 4 horas. De pé, de salto alto, na garoa e com fome. Quando tudo parecia um pesadelo e eu prestes a desmaiar, escuto o sr. Andrew (de senhor ele não tinha nda, mas merece respeito porque mandou bem no Nextel a noite toda controlando a entrada dos carrões) gritar: A Xuxa chegou. Em fração de segundos a cancela de saída de carros se abriu rapidamente, passaram duas caminhonetes blindadas e nada. Nenhum vulto se quer. Não que eu seja super fã dela, mas queria vê-la de perto. No momento que meus pés não sabiam mais se eram pés ou pedras entramos no salão e pude a ver de longe. Ela e a filhota - grandona, bonita mas triste. Uma pena

Finalizando o final de semana, um churrasco agradável me aguardava. Carne até tinha, gente servindo também. Mas encontrar todos descalços, dançando, bebendo juntos e cantando YMCA? É, não teve melhor jeito de acabar meu final de semana. Depois disso, só me jogar nos braços dele, no domingo, no 2x1 roubado, meia boca, mas que fez a gente cochilar por uns minutos. Mais uma vez, foi-se um bom final de semana. Por isso que eu digo: nada como as boas sensações.

21.11.07

Um pouco mais de calma

Pensava em escrever sobre isso. Mas não sabia como. Cheguei em casa, liguei o som. No mesmo instante me deu vontade de ouvir essa música. Agora sim. Ela resume tudo o que eu queria escrever. Tudo que ando sentindo. Tudo que gira dentro de mim na maior velocidade do mundo.

Estou realmente precisando de férias. De tudo e todos.


Paciência - Lenine

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

16.11.07

Passei a admirar as borboletas

Nem o frio, nem o cansaço, o "saco cheio" de algumas besteiras que ainda escuto, nem a indecisão do que fazer após trabalhar no feriado podem me abalar após uma boa conversa que tive ontem.

Durou cerca de dez minutos, nem isso. Mas por dentro, as borboletas (que muitos dizem sentir quando estão apaixonados, e eu achava ridículo porque tenho medo desse bicho voador) subiam e desciam sem parar. Giravam do coração à garganta, do peito apertado aos meus pés. No final, após todas as falas gostosas e o assunto ter surgido de forma tão simples e sincera eu só consegui dizer: estou feliz.

Ele me olhou calmo, sabendo do que se tratava e mesmo assim perguntou: por quê? por que nos vimos hoje? Hahahaha, as borboletas quase saíam pela boca mas eu respirei fundo e disse: sim, é por isso.

Puta merda como estou feliz. Ele soube e sabe ler no meu olhar que aquela conversa me agradou aos montes ! Que tirou meus pés do chão como nunca tinha sentido antes. E para quem quiser saber o assunto, basta saber um dos meus principais desejos. Pronto. Foi sobre isso.

6.11.07

Cheia de cores

Hoje me deu vontade de escrever sobre o humor. Acho incrível como eu sinto bom humor nas pequenas coisas diárias e como consigo levar a vida leve sem muita preocupação. Claro que problemas todos nós temos e eu me considero uma das pessoas mais críticas que já conheci na vida. E ninguém me conhece melhor que eu.

Faço críticas à tudo e todos. Nem sempre ruins e nem sempre boas. No entanto, quase nenhuma delas tira meu bom humor. Faço as ruins e logo me disponho a pensar numa solução. Se olho uma pessoa mal vestida, logo penso: foda-se não tenho nada a ver com o gosto dela. Se ando cansada de receber o solzão na cabeça, reclamo com meus botões mas logo penso: tudo bem, daqui a pouco chego aonde preciso ir e arranjo uma sombra. Acho que a melhor definição é que sou prática. Pronto, resolvo logo. Beleza. Já era.

E resolvi escrever sobre isso porque há tanta gente que reclama né? Tanta gente que fala mal, fica num redemoinho de agressividade, xingamentos, fofoca ... sai pra lá ! É bom fofocar, eu sei, eu também gosto (mesmo porque sou mulher e isso é mesmo algo que as mulheres fazem bem). Mas daí ficar o dia todo fazendo isso? O dia todo se lamentando? Não dá.

Prá tentar resolver um pouco esse clima e essa nuvenzinha em cima de mim, fomos no feriado para a festa do Saci. Lá em São Luis do Paraitinga. Cidade já conhecida em outros tempos, com outras pessoas e outras vontades de curtição. Mas dessa vez a visita também foi boa. Entrei na cachoeira, comprei presentinhos, tiramos muitas fotos e tudo mais. Só que ... ainda assim fui obrigada a aguentar um pouco de mal humor. Mal humor de homem é o fim. Mas passou com a chuva e com a saudade que ficou de voltar pra lá novamente o quanto antes.

Acho que deixei minha nuvem cinza por lá e voltei mais colorida. Espero espalhar essas cores ao meu redor. Tem muita gente precisando.