19.12.09

saudades

Bueno, acho que chegou a hora de fazer o clássico balancê do ano, como muitas pessoas fazem e eu também acho importante soltar pra fora algumas coisas. Porque o ano de 2009 que começou normalzinho deu uma virada incrível no segundo semestre e me ensinou muita coisa.

Na realidade, pensei em escrever aqui sobre um sentimento que todo mundo tem e nós brasileiros temos até a palavra para isso: saudades. Este ano vai me deixar saudades e lembranças de muitas coisas, pessoas e vivências. Eu sei o quanto é bom sentir saudades. Significa que aquela memória valeu a pena, lembrar daquilo não foi em vão e que guardamos um sentimento muito bom por aquilo que estamos lembrando. Pois então, tenho saudades

dele, que foi meu amor por três anos e meio e que me faz ter saudades de tudo que vivemos
das férias em Jeri, com toda a natureza e beleza que conheci
do pessoal da CPTM, que convivi desde o ano passado e tive que abandoná-los
das aulas de español, que terminei no final deste ano e estudei por tanto tempo
do meu padrinho, que se foi deixando o bom humor dele de recordação
da dona Cida, pessoa de extrema generosidade e leveza
das aulas da pós, que abriram um novo mundo de conhecimento e objetivos
das horas extras com as crises, até disso sinto falta porque aprendi horrores
da família do ex, eita dorzinha que não passa nunca
das amigas, a maioria eu deixei de lado um pouco neste segundo semestre, mas fazem falta
do meu bairro, que a cada dia que passa vou sentindo saudade antecipada e me despedindo

E saudades de outras coisas que não lembro agora, mas que, como uma colega me diz, simplesmente, passam pela nossa vida e cumprem seu papel.

E para o próximo ano, quero mais lembranças boas. Para isso, espero ter um ano cheio de experiências diferentes e novos sonhos. Afinal , o maior de todos eu consegui, mas nós nunca, nunca, devemos deixar de sonhar.

Boas festas queridos!

11.12.09

lar doce lar


Ontem à noite eu já estava me preparando para dormir quando me deu vontade de escrever. A vontade veio quando fui fechar o guarda roupa e li na lateral de uma caixa de sapatos: PARA MINHA CASA.

Fechei a porta e soltei um sorriso único como ha muito tempo eu não soltava. Aquele foi um momento de extrema alegria e satisfação. Estranho que eu não tenha escrito nada sobre esta conquista ainda, ao lembrar que já escrevi sobre isso em posts e posts atrás.

Pois bem: eu comprei meu apartamento. Comprei e estou bem contentinha com isto. Mas, por toda a teoria da conspiração que existe em meu ser não vou escrever aonde é, nem nada. Para os curiosos visitantes que me conhecem e sabem bem o quanto eu desejava meu cantinho posso dizer que a aquisição valeu muito a pena.

Pra começar porque fica bem perto do meu trabalho. Dá para ir e voltar à pé tranquilamente - em dias de temporais como estamos vivendo ultimamente morar perto do trabalho é o que há. Ou não, dependendo do ponto de vista.

Bom, mas sei que o apezinho é aconchegante. É pequenino que nem a dona, mas tem um único quarto que garante minha individualidade. hehehe. Tem banheiro grande, tem cozinha razoável e área de serviço. A sala é bem grandinha. Boa para filminhos, pizzas com os amigos e festinhas casuais.

Que mais? Não tem vaga, mas não tenho carro. E para visita que tiver, tem estacionamento na frente do prédio. Tem também cybercafé, um kilo maneiro e ponto de táxi na porta. Tem janelas de alumínio e ainda tem muita coisa pra mexer. Mas, nessa coisa de ter e não ter, tem também minha vontade de arrumar tudo. Então, depois da reforma, teremos a inauguração.

Por enquanto, aceito os parabéns (e até mesmo olhares invejosos) mas, depois de dois meses, passarei a aceitar geladeira, fogão, panela e colchão. hehehe. Como escrevi um dia no Twitter: é possível medir felicidade? Tô que não me aguento. This time, I win!

8.12.09

status atual



E essa febre que não passa.
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção.
Mas obrigado por pensar em mim

1.12.09

a saga das calotas


Não fazia tanto calor, nem tanto frio. E eu nem estava assim com taaaanto sono, mas, resolvi deitar porque depois de três anos morando sem meu irmão, tudo vira meu e o banco do carro, por exemplo, era só meu. Huahauahaua. Liguei o I-Pod, escutei um pouco de tudo e fiquei com os pés para o alto, toda sonolenta.

Passado algum tempo, senti que a luz que entrava pela janela estava opaca há muito tempo. Trânsito no túnel. O ar condicionado ligado, meu pai dirigindo devagarzinho e minha mãe soltando uma ordem de números misturada com risadinhas. Abaixei o volume e me sentei. What´s going on?

Ela se virou e disse: calotas! Veja filha, quantas calotas! Olha! Olha! Sim, de fato, haviam várias. Uma atrás da outra no acostamento. Soltas, sujas, jogadas. Começamos então as hipóteses: caíram de um caminhão? alguém foi jogando-as para o lado? seria uma intervenção artística? Não mãe, acho que deve ser uma jogada de marketing.


E assim se foi até o finalzinho da estrada. Uma atrás da outra e eles seguiram na contagem. Semanas depois da viagem chuvosa e cheia de preguiça tento encontrar alguma notícia sobre as calotas jogadas na Imigrantes. Não encontro nada. Mas, como prometido para eles, está aqui, descrito em poucas linhas: a saga das calotas.

20.11.09

november rain


É bom parar aqui de vez em quando e reler alguns posts antigos. É bom porque os comentários, por exemplo, mudaram muito, assim como os visitantes. Mas sei que talvez esses visitantes antigos ainda visitam, porém, não comentam mais. E acho ok. Respeito e procuro entender. Eu também visitava outros blogs e agora, sim, pela porra da falta de tempo, não entro em mais nenhum. Ou seria uma questão de prioridades? Enfim, reli o post de um ano atrás.

No dia 19/11/08 eu comentava sobre o seriado Lost e em como eu estava gostando dos personagens, como me tornei viciada pelo roteiro, trilha sonora etc. Era pré-feriado e eu havia programado me jogar no sofá azul e ficar horas assistindo as aventuras na ilha misteriosa.

Um ano depois, cá estou no trabalho. Sem folga, sem ter visto Lost ontem, sem ter saído de balada, sem estar com preguiça, nem nada. Me animo para ir à praia daqui a pouco, tentar me concentrar com as ondas, com a virada das marés e organizar meus pensamentos e sonhos. Apesar da chuva continuar caindo tal qual no ano passado, as coisas mudam e eu fico impressionada.

18.11.09

open your eyes


Não sei se é a troca das cascas, se é esse vento que surge no final da tarde e leva algumas coisas para longe, se é o sorriso trocado com os colegas de trabalho, se são as conversas prazerosas com a psicóloga, se é a companhia familiar lado a lado, mas, estou sentindo uma paz de espírito como nunca senti antes. O melhor de tudo é saber que está ocorrendo para ambos os lados. Isso, realmente é o que me estimula a abrir os olhos de manhã e respirar aliviada. Bora crescer.

11.11.09

chico já dizia



Ontem, no meio da aula de español a luz começou a piscar. Nos olhamos assustados e rimos. A reação durou alguns segundos, pois como meu professor é mágico nas horas vagas, achamos que ele poderia estar fazendo algum truque. Mas não. Ele não faria um truque em mais de 10 estados ao mesmo tempo.

A Paulista virou um breu. A imagem era meio assustadora e ver essa avenida toda no escuro me deu um frio na espinha. Tudo negro, carros buzinando sem parar, pessoas ao celular e eu ali sem entender nada do que estava acontecendo.

Depois de 14 andares de escada, meu pai quase infartando,velas por todos os lados e banho frio, eu acabei dormindo rápido e hoje, claro, perdi a hora. Quando levantei estava tudo às claras, sol bombando, relógios piscando, chuveiro quente e eu super atrasada.

Daí, chegando aqui, passam-se exatas duas horas e caio novamente na completa escuridão. No breu avassalador e na imagem assustadora. Eu, realmente, não sei mais como consigo viver "com tanto amor, proteção etc". Inspira. Expira. Porque, amanhã, vai ser outro dia.

9.11.09

pensamento do dia


Esses dias me disseram que o mundo possui cerca de 6 bilhões de pessoas. Só no Brasil são 193 milhões e no Estado de S.Paulo pouco mais de 10 milhões. O céu tem quase 70 sextilhões de estrelas para admirarmos. Logo, pode-se admirar estrelas com cada uma das pessoas do mundo e ainda sobra estrela pra dividir. So, let´s share the stars!

5.11.09

lições para a caixola (e para o coração também)



depois de muito refletir sobre a vida e as coisas neste feriado eu voltei de viagem com duas frases em mente. é estranho porque eu queria escrever um monte de coisa legal, mas essas duas frases resumem quase tudo, sublinarmente falando. uma eu li no ônibus de trindade à parati e outra que concluí hoje de manhã. aí vão elas respectivamente:

"é proibido viajar nos degraus. se liga mané"

"as mulheres têm mesmo sexto sentido"

28.10.09

vai contar o quê para o neto?



Ah! ... o verão!
Dizem que é a estação da perdição.
É por que é no verão que você tudo aquilo que vai contar para seus netos, bisnetos, tataranetos um dia.
Dormir de cueca, dormir de calcinha é só no verão!
Viajar para montanha, para cachoeira, para o balneário é só no verão!
É no verão que o amor floresce
O amor à preguiça
Amor ao sol
Ou até mesmo o amor por uma sirigaita ou uma dúzia de sirigaitas
Por que não? Seja otimista rapaz.
Vai contar o quê para o neto?
Que ficou jogando o dominó? Não ...
Vai contar que pulou da pedra
Comeu churrasco
Deu cambalhotas
Essas coisas que a gente só faz no verão
Ah, o verão ...
O verão é agora. E tá redondo.
Yeah. Yeah


Eu sei que não estamos no verão ainda, mas lembrei desse comercial e resolvi postar.


A vida é agora.

23.10.09

o vento



agora, parece que combina e é bem mais leve

posso ouvir o vento passar, assistir a onda bater, mas o estrago que faz, a vida é curta pra ver. eu pensei, que quando eu morrer vou acordar para o tempo e para o tempo parar. um século, um mês, trêssvidas e mais um passo pra trás? por que será? vou pensar

como pode alguém sonhar o que é impossível saber. não te dizer o que eu penso, já é pensar em dizer. e isso eu vi. o vento leva. não sei mais, sinto que é como sonhar, que o esforço pra lembrar, é a vontade de esquecer. e isso, por que? diz mais.

uh. se a gente já não sabe mais, rir um do outro meu bem. então, o que resta é chorar. e talvez, se tem que durar, vem renascido amor, bento de lágrimas. um século, três, se as vidas atrás, são parte de nós. e como será?

o vento vai dizer lento o que virá. e se chover demais, a gente vai saber, claro de um trovão, se alguém depois sorrir em paz. só de encontrar...ah.

20.10.09

o homem do saco


Mula sem cabeça. Bicho papão. Homem do saco. Cuca. Não sei se hoje em dia as crianças sabem quem são esses bichos folclóricos em tempos de tantos video-games, sequestro relâmpago, irmãos Cravinho, etc. Mas eu ainda me lembro das "cantigas de ninar" que sempre tinham um desses bichos no meio do verso.

Bom, conforme vai passando o tempo, os medos mudam. Havia época que meu medo era a prova de matemática e de desenho geométrico (meu compasso sempre abria e furava a folha). Isso tudo até descobrir que existia física e química (aaargh pra quê tanta fórmula? a teoria já era suficiente). E os anos foram passando. O medo começou a se tornar algo mais profundo. Medo de amar, medo do novo, medo do primeiro emprego, medo de chefe (é, existe). Medos.

Agora, a explicação deste post: eu tenho medo de um cara que mora no meu prédio. E não. Não é como aquele velhinho do Esqueceram de Mim. Não é porque não existe uma lenda sobre ele, nem tão pouco um mistério. Tenho medo porque ele fez uma brincadeira comigo muito de mal gosto e desde então, tenho medo.

Foi na semana passada. Eu voltava do cinema por volta das 23h40. Desci do ônibus (o ponto é na frente do prédio) e esperei o porteiro abrir o portão. Daí vi que ele se aproximou, esboçou um sorriso e entrou comigo. Vi que ele também fechou o portão e saí andando calmamente para meu bloco. Notei pelas sombras (sombras!) que ele também se dirigia para meu bloco. O elevador nos esperava.

Entrei, segurei a porta até ele chegar e mais um esboço de sorriso. E então, apertei meu andar. Ele, nada. Fiquei pensando se ele era meu vizinho de porta e eu nunca o tinha visto até ele me fazer a seguinte pergunta: Para entrar neste prédio tem que ser morador? Sim, respondi pensando na pergunta idiota que ele havia feito. É? Por que eu não moro aqui. Logo, esse prédio não é nem um pouco seguro né? Gelei. Senti meu coração duro. Havia acabado de assistir Salve Geral, era quase meia noite e o cara me fala isso? Não, tem que morar aqui para entrar no prédio. Até que ele apertou o 7º andar, o elevador parou e ele soltou uma gargalhada: eu moro aqui ha 30 anos sua boba! Estou te enchendo. Foi minha vez de esboçar um sorriso.

Cheguei em casa dura. Boca seca. Coração na mão e mil palavrões na cabeça. Filho da puta era apelido. Pensem o que quiserem, mas eu, realmente não gostei nem um pouco da brincadeira. E se fosse verdade? E se aquele cara fosse mesmo um sem noção tarado-psicopata? Ah! E daí deu-se o medo. Por que, sempre que estou chegando em casa, encontro ele no ônibus. E agora ou desço um ponto à frente e volto ou desço um ponto antes e sigo depois à pé. Porque, o medo não é mais dele e sim de mim. Dependendo do meu humor, fico com medo de como irei enfrentá-lo.

17.10.09

sessentão

(Quase) tudo preparado. Aluguel fechado. DJ com set list pronto. Bolos na geladeira. Velhinhas separadas. Óculos escuro de vários tamanhos e modelos. Saia de bolinha engomada. Vestido da mamãe passado. O irmão com camisa nova e a cunhada de vestido novo também. Os convidados ainda confirmando e cheque para o estacionamento. Daí ficou faltando papel para embalar as balinhas de coco e então saímos para comprar.

Dois supermercados, uma papelaria e uma padaria. N-a-d-a. Onde estão aquelas prateleiras que tinham dentro dos mercados cheias de sacos de bexigas, copos coloridos, papéis de mesa temáticos e guardanapos fofos? Cadê os garfinhos de madeira, os pratinhos de bolo de papel e o balãozão para balas/chicletes/pirulitos? Foi-se uma época. Agora é tudo de plástico (grgrgrgr), branco, transparente, oco, opaco, vazio, simples. A comemoração dos aniversários se tornou uma breguice, uma coisa trabalhosa e, para quem tem $, glamurosa.

Gasta-se milhões com o aluguel de buffet e a essência gostosa de ter gelatinas coloridas, mesa feita com as próprias mãos e as balinhas de coco embaladas, se perdeu. Saímos de lá um pouco angustiados. E a única coisa que eu disse foi: tudo bem pai, sua festa será um arraso do começo ao fim. Porque ele merece. Porque sessentão é pra comemorar mesmo!

Elvis Presley aí vamos nós!

4.10.09

14/09 - 12:51 e hoje


Foi pela fresta da janela. As lágrimas escorriam enquanto eu pensava na última frase que ela havia me dito antes de desligar a ligação: eu sou um ombro que estará sempre ao seu lado. Mesmo que eu não concorde e que morda meus lábios. Eu sempre vou estar com você, indepdendente da sua decisão. Mãe é mãe.

Enxerguei meus olhos mais inchados, senti meu coração palpitando, vi meu rosto manchado, soltei os lábios secos e olhei a chuva cair. Foi pela fresta que tive os meus minutos decisivos. Foi ali no meio dos prédios que enxerguei as palavras soltas formando uma única frase: quando o amor acaba? A dúvida me fez soluçar.

Levei as mãos no rosto, soltei baixinho todas as lembranças gostosas. Não havia uma raiva se quer, uma dúvida, nada. Só havia amor, paz e alegria. E então, por tudo isso, havia a dor. Senti o coração oprimido, sofrendo, apertado. Dei novamente um suspiro, mas de alívio não se soltou nada. Continuei vendo a chuva cair, misturada com as lágrimas e com a certeza que batia na mente: acabou. E então me peguei olhando o celular enorme com a tela manchada e sem vida.

O que nos faz viver? O que nos causa borboletas no estômago? Não é o amor? E como viverei sem amor? Como ele viverá sem amor? Como o amor se reinventa e se transforma? Então enxuguei as lágrimas. Vi meus dedos borrados de preto. Senti o calor da tristeza e fechei a janela deixando a chuva lá fora.

Quando me sentei novamente à mesa, li a seguinte frase:

"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Provérbios 4.23

Pois então, guardemos nossos corações.

29.9.09

caso ou compro uma vaca?


tá batendo uma vontadezinha de me mandar. fazer aquela coisa que por aqui alguns fazem: período sábatico. dar uma viajada again. agora, com mais idade e sozinha novamente. será? barcelona? madrid? julho? verão? curso de conversação? hummm. tentador.

mas aí, tem a pós né? e da pós eu nem falei nada ainda por aqui. ah, é tanta coisa! de segunda tenho aula de interfaces digitais. a aula seria para aprendermos como funciona a tecnologia 3 G, por exemplo. mas o cara é tão doido (e tão bom) que ele ficou 4 aulas debatendo coisas do tipo: por quê você quer ter um celular 3 G? pra se encaixar em algum grupo? para mostrar que vc manja de tecnologia? puxa, você é incrível não?! e depois? quando lançar o 4 G você também terá um? para quê este consumismo todo? você acha realmente tão incrível assim? enfim, diversas reflexões. o cara é fera e está mexendo com umas inquietações que eu tinha. adoro.

aí de sexta tem aula de marcas. é, eu tenho aula de sexta-feira, e daí? ainda mais quando a professora também é boa, o nível da classe é excelente e a linguagem ultrapassa aquela coisa de ginásio-colegial-faculdade. fora os coleguinhas do fundão. ai ai. está sendo bem bom.

mas será que dá pra trancar a pós e voltar? ou eu saio em julho e fico o verãozão por lá hablando que nem doida e volto? além disso, tem a grana. será que eu gastaria muito? ó, dúvida cruel.

23.9.09

prontofalei


ahhhhhhhh! chega! não aguento mais e tenho que soltar para fora essa minha indignação. podem falar mal, podem discordar e podem até me queimar na fogueira. mas eu não concordo e cheguei ao meu limite.

antes deixa eu explicar direitinho: eu destesto pessoas extremistas. então é assim, se você malha o dia todo e só fala disso, você é extremista para mim e isso enche o saco. e assim ocorre dentro de vários grupos sociais que existem.

e agora vem a minha indignação: eu não acho que S.Paulo (cidade que amo e defendo até a morte) tem condições de ter ciclistas. prontofalei. não sabemos nem conviver com motoboys e nem com outros carros, que dirá com ciclistas. digo isso porque dia 22 foi o dia mundial sem carro e rolou o maior movimento aqui na Paulista dessa galera da pedalada.

eu acho o máximo a organização que eles têm, os passeios que eles fazem, o ponto de encontro em frente ao Cervantes e todo esse movimento: vamos andar por aí, fazer esporte e aumentar nossa patota. porém, não me venha com esse papo de: carro não, bicicleta sim. os pontos:

1. s.paulo por sua extensão e magnitude demográfica não é plana. logo, andar de bicicleta só se você tiver um modelo muito bom.
2. para isso, você tem que ter grana, o que não é uma coisa muito comum por aqui
3. e mesmo com grana, você não vai sair de moema para trabalhar na lapa de bicicleta
4. tá, tem gente que vai, mas vc teria que ter o mínimo de preparo físico e também um chuveiro no seu trabalho, certo?
5. sem contar na possibilidade de chuva. oi, aqui é a terra da garoa?
6. ok que a CPTM e Metrô possuem bicicletários e condições para levar a bike, mas, possuem mesmo? até onde sei, em várias estações você tem que levar a bike na mão pelas escadas. E qual seria o problema? Oras, nada. Se você não tivesse que levar a sua, dos seus dois filhos e ainda olhar eles descendo a escada.
7. resumindo: a cidade não tem condições urbanas de ter cicilistas.

muito mal humor? não. como eu disse antes, adoro os ciclistas e esse movimento todo. acho que mesmo a cidade não tendo condições concretas, é com este barulho todo que podemos mudar esta realidade e tornar as coisas possíveis.

porém, não me venham falar mal dos carros. vamos deixar um pouco a hipocrisia de lado. porque eu sei, que quando o ciclista quer ir para a praia, ele não vai de bike. quando quer ir à uma festa na casa do amigo ou num casamento, ele não vai de bike, vai de carro. então, usar com bom senso o carro é uma coisa, agora, fora carros é demais. prontofalei de novo.

e antes que a fogueira que queime por completa: eu não tenho carro e ando bem de coletivos.

17.9.09

i feel good

a novidade é que ontem voltei pra terapia. foi bom reeencontrá-la e acho que ela também ficou feliz em me ver. mas o legal de tudo isso é saber que agora vou conseguir achar tempo pra conversar mais comigo e olhar para meu umbiguinho gordo e cheio de ideias. uhu.

14.9.09

.... !



Talk to me softly
There's something in your eyes
Don't hang your head in sorrow
And please don't cry


I know how you feel inside

I've been there before
Somethings changing inside
You and don't you know


Don't you cry tonight

I still love you baby
Don't you cry tonight
Don't you cry tonight
There's a heaven above you baby
And don't you cry tonight


Give me a whisper

And give me a sign
Give me a kiss before
Youu tell me goodbye
Don't you take it so hard now

And please don't take it so bad
I'll still be thinking of you
And the times we had baby

8.9.09

gggrrrrr


quem foi o filho da puta que disse que a paciência é uma virtude? quem foi que disse que no fim tudo dá certo? que temos que jogar as mãos para o céu? quem foi que disse isso tudo? quem foi, no meio de todos esses livros de auto-ajuda do caralho, que a gente cresce com as dificuldades que aparecem nas nossas vidas?


eu só queria, de verdade, ser menos amada. menos boa. menos eficiente. queria ser um trapo. aquelas que você olha e sente pena. aquelas que você insiste para crescer e a idiota não enxerga. aquelas que você vê uma possibilidade e ela não quer nada. eu só queria, de verdade, ser um zero. gostar menos de trabalhar. me entregar menos. inventar desculpas. perder a hora. fazer duas horas de almoço. esquecer os assuntos. viver na porra do mundo cor de rosa, fazendo caras e bocas bestas, soltar o sorriso amarelo tonto e achar que estou no beach park em fortaleza. hunf

31.8.09

tim tim !


Chamei o elevador. Senti o calor no corpo. Virei o pulso e respirei fundo. 16h57. Faltavam 5 horas para sua festa. Fiquei pensando como você estava. Fiquei pensando se estava tudo certo. A ida ao cabelereiro foi tranquila. Tal qual quando a gente saía de casa para comprar pão. Aquela tarde gostosa e leve. Aquele brisa boa de pré-verão, com folhas secas rodando no ar, com aquela sensação de amor nascendo, amor sendo descoberto, amor sendo validado, ali, sem mais nem menos, refletido pelos raios do sol na calçada.

Depois de muitas Caras, fotos, poses, vestidos, glamour (!!) e páginas amassadas era minha vez de fazer o cabelo, montar algo legal que combinasse com meu vestido legal e com a cor das unhas escolhidas sabiamente. Mas, de repente, o relógio tinha se desdobrado. O babyliss foi a única coisa que consegui fazer e não havia mais tempo para nada. Até que chegando em casa eu te vi.

Você me deu aquele abraço leve, aquele sorriso sincero e disse as mesmas palavras de sempre com toda calma do mundo: Oi Clots, tudo bem? Porra ! Você era o noivo da noite. Era você que devia estar na pressa, agitado, confuso, correndo e ... não. Ali estava você daquele jeito doce e amigo. Sentado, esperando os minutos correrem e sentindo a emoção nos olhos familiares. Respirei fundo mais uma vez, me troquei, me pintei, abrimos o champagne-presente e lá fomos nós.

(eu sei que você merecia mais que um champagne, mas, naquele momento, depois da semana pesada, era apenas o que eu podia te dar, meio de surpresa, ainda que com gosto estranho)

A festa em si, dispensa comentários: Super Nanny, amigos felizes, famílias distantes e unidas, uma pomba tocando o som, pessoas roubando bem-casados, o bolo lindo com uma cena inteira representada, as flores desabrochadas e as cores de vocês todos juntos. Até que você me chamou de canto e me entregou a caixinha. Fui ao banheiro, abri, olhei, fechei e dei um leve suspiro. Lembrei de filmes e de várias cenas de caixinhas de alianças. Mas, principalmente, lembrei do amor.

Os olhos ainda estavam secos, a maquiagem intacta e meus cachos não tinham se tornado ondas grandes e formosas. As coisas pareciam muito irreais para mim e eu não acreditava que tudo estava mesmo acontecendo. Até o momento que você entrou com Dzarm e a Van entrou com I´ll be there. Daí, eu desacreditei. Daí meus pensamentos se voltaram há 9 anos atrás. Daí, me veio a cena dela com uma blusa branca, escova no cabelo vindo em direção ao carro para te encontrar. Veio a imagem do rosto doce e do sorriso alargado. Veio a lembrança do meu conselho dentro do teatro: pega na mão dela, pega na mão dela!

De repente, me veio na mente todas as nossas conversas sobre amor, paixão e as diferentes formas de amar. Enquanto eu olhava vocês se declarando, tentava encontrar dentro de mim esta mesma certeza leve e ao mesmo tempo concreta. Fiquei vendo você tomar fôlego para continuar lendo o texto mais lindo que você já leu. Fiquei vendo o olhar dela para você. Fiquei vendo o amor se redescobrir ali, daquele jeito de vocês, enquanto sentia as lágrimas caírem sem parar. No momento que nos chamaram, cruzei os braços com o Dan, entramos sorrindo e novamente fiquei sem entender nada. O que era aquela música? Eu sorria? Eu chorava? A cada palavra mais lembranças da infância e de tempos passados. Mas andei firme, sorri do jeito que eu pude, te entreguei a caixinha e dei o abraço mais apertado em vocês.

Depois fiquei ali vendo os finalmentes, ainda chorando, ainda sorrindo, ainda admirada. A noite seguiu com toda graça, brilho, músicas, danças, crepes, bubbles, vinhos e mais amigos. Foi, de verdade, o casamento mais lindo que já fui na vida. Até que aconteça o meu. Sabe-se lá como e sabe-se lá quando. Felicidades!

25.8.09

no balanço das horas

dentro do bonde, antigamente, o sol batendo, as senhoras abriam o leque para se refrescar.
à noite, na mesa do bar, amigos da faculdade se juntam e distribuem as cartas do baralho.
quando é verão, a criança na praia olha para dentro do isopor do sorveteiro.
no ponto de ônibus central, onde passam várias linhas de ônibus diferentes para você ir embora.
o preenchimento de um gabarito de respostas, com mais de cinco opções para escolher.
no natal, todas os presentes embaixo da árvore e você não sabe qual abre primeiro.

a vida é assim feita de escolhas, opções, chances, oportunidades.

não sei como isso está acontecendo comigo, mas sei que estou na fase de escolhas, de decisões sérias, de saber, que a vida é muito mais gostosa quando a gente se preocupa apenas, em curtir a vida mesmo. estou no tempo de me aprofundar em assuntos, pessoas, histórias e momentos.

tudo, é claro, em paralelo à vida besta que me leva a acordar todos os dias e repetir o sorriso amarelo, engolir seco e seguir seguindo. mas os ponteiros estão, de fato, se mexendo. e desta vez, não estou com medo. estou dentro do vento.

20.8.09

18 anos atrás


Estava vindo trabalhar hoje quando veio à mente aquela cena, para mim uma das mais engraçadas, do filme "Meu nome não é Johnny" que o Selton Mello comenta com a Cléo Pires, dentro do quarto do motel sobre Carlinhos, da sétima C, que virou um traveco e está agora em Veneza.

Veio porque assim que entrei no ônibus dei de cara com um rapaz moreno de olhos azuis e olhar incomodado. Naquele instante, não me lembrei do rosto, nem do azul, nem do sorriso, nem dos olhares, nem das conversas. Mas daí, durante os cinco minutos para passar a catraca, tentar achar um lugar e me sentar, eu olhei novamente.

O mesmo azul, o mesmo cabelo, o mesmo rosto, a mesma altura, o mesmo olhar sério, a mesma voz calma. Era um amiguinho da 2ª E, da professora Rosana. Era o colega que corria comigo pelas quadras, que eu emprestava fitas de video-game (fitas !!!), que trocava figurinhas, que era meu par na festa junina, que tinha um sorriso diferente, que usava aparalho móvel, que me via dormindo nas aulas, que colava junto comigo.

Deu aquela vontade de falar o nome dele perguntando. Vontade de ver só ele afirmar com um sim, sou eu e vc? Nem ficaria chateada, só queria de verdade ter a troca do castanho com o azul. Sem nenhuma pretensão, sem nenhuma outra vontade. Apenas porque não é todo o dia que se tem lembranças nostálgicas como as que eu tive. Queria dizer que os dias estão precisando de mais cores e ele tinha a minha preferida. Afinal, não é mesmo, todo dia, que se reconhece um amiguinho de 18 anos atrás. Ui!

16.8.09

sadness


Quando a médica me chamou, a febre já havia baixado para os 36º novamente. Ela apenas me deu novos remédios, uma dieta de frutas mais forte e bronca. Porra, tomar bronca de médico é a última coisa que eu precisava. Disse que era infectologista, que comer fora é realmente uma porcaria, que tem que prestar mais atenção e mais um monte de coisas que ela cuspia enquanto eu tremia dentro das roupas geladas, pós-febre.

Respirei fundo, saí da sala e olhei ao redor. Todos ali com aquelas máscaras brancas por conta da gripe suína e eu ali com aquela bronca nos ombros. Quem estava pior? Por que todo aquele drama da garota loira que levantou, pegou a máscara, colocou e depois que saiu do consultório com a receita em mãos, olhou ao redor e tirou a máscara? Se eu estivesse com a máscara a médica teria diminuído as broncas? Quem é ela para falar que como errado? Ficasse no meu lugar um dia. Trabalhasse o tanto que estou trabalhando, sem hora para comer, sem saber o que comer por um dia. Mas não, os médicos sempre levam consigo esse peso de super-herói. Hunf.

A virose só passou no quinto dia. Ainda tive que voltar ao hospital para tomar soro, fazer exame de sangue e ir embora com a receita do antibiótico bomba de 200 reais. Engoli seco, fiquei em casa mais um dia e compreendi todo o stress da médica de máscara: eu realmente precisava dar uma trégua para meu corpo. Precisava dormir melhor e tirar o pé do acelerador.

Voltei com energia. O trabalho me esperava, um curso no Rio me esperava e toda a crise continuava. O único porém, no meio de tudo isso, foi saber que um dos integrantes da equipe havia saído do barco. Não aguentou. Não quis mais. Levantou da cadeira e fechou o computador. Soube que ele respira mais aliviado e está comendo no horário. Soube que as olheiras clarearam e o namoro voltou ao normal. Sabe-se lá quando isso vai acontecer comigo novamente.

11.8.09

weakness


Verde: urgência relativa. Amarelo: urgência absoluta. Vermelho: emergência. Azul: prioridade. Sentada na penúltima fileira da ala de antedimento do hospital, pela segunda vez em menos de dois dias. Lá estava eu lendo as placas que identificavam o pulso das pessoas. Estar com a pulseira amarela não fez eu ser atendida na hora, absolutamente, não. Mas lá estava eu novamente.


Para quem não entendeu nada, quinta passada eu peguei uma virose feia. Meu pai disse que foi violenta, minha mãe falou que foi pesada e emendou com toooodos aqueles argumentos de comer fora de casa, comer qualquer porcaria etc. Na minha imaginação febril, como virose começa com V e isso me lembra verme, logo, imaginei um monstro pesado e violento em cima de um ringue de boxe (com luvas e tudo mais). Hehe. É, foi divertido pensar assim na sexta, quando fiquei no sofá vendo desenho, entre muitas idas e vindas do banheiro, até a febre chegar de vez. Quando ela mediu 39º da primeira vez, não quis me contar. Mediu a segunda vez, ajeitou o cabelo, fechou o termômetro e disse: pega seu tênis, um agasalho e vamos voltar ao hospital.


Voltamos. E ali estava eu, sentada, vendo os pulsos de todas as pessoas, os ponteiros rodando, a febre saindo até pelo meu nariz e pensando: o que faz uma pessoa ser forte? O que faz uma pessoa ser fraca? Até que ponto eu cheguei e até que ponto consigo chegar? Claro, a virose viria de qualquer jeito, mas, se eu fosse mais forte, ou, se eu estivesse mais forte, ela chegaria à esse ponto? Olhei as pessoas ao redor. Todos com cara de enterro. Muitos usando a máscara contra a tal gripe e eu ali suando em bicas. A impressão é que eu soltava, a cada gota, um cansaço, um suspiro, um alívio. Os dias, realmente não estão fáceis. Pensei.


(continua ...)

23.7.09

ths book is on the table


sabe aquela coisa de plantar uma árvore, fazer mochilão e escrever um livro? pois então. mochilão eu fiz mais ou menos em 2007. a árvore faz tempo que não planto uma muda, mas sempre que vou pra praia, cuido do jardim que tem lá. e agora, o livro. já pensei em tudo, mas acho que tenho que fazer antes um estudo de campo. falar de amores e paixões não será muito fácil, apesar de ser clichê. mas vai ficar bom. tenho certeza que consigo.

22.7.09

óinc


pandemia. fui atrás do significado da palavra e fiquei meio impressionada.

é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada em uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou mesmo o planeta.

seria possível então o mundo todo pegar a tal gripe suína? tenho uns quatro amigos próximos (não próximos fisicamente, ufa) que estão com suspeita de gripe. parece meio moda e fico achando super estranho isso tudo.

gostaria, de verdade, que as pessoas pegassem tipo uma gripe do amor. gripe da compaixão. gripe da solidariedade. gripe de mais respeito. enfim, momento paz e amor. até que enfim.rs

11.7.09

manual



21:06. sábado. me encontro de pijama azul, pantuflas (ou pantufas) do Garfield, creme no rosto. mais um copo d'agua e estou pronta para dormir. se não fosse, é claro, os três telefonemas da chefia que ainda espero receber até as 23h.

lá perto do horto florestal, todos reunidos num grande churrasco, na despedida de um amigo que largou tudo aqui e está indo embora para a Inglaterra. amigos, cerveja, namorado, fofocas, fotos, lágrimas, conversas, tudo lá longe de mim acontencendo. em parte, confesso que nem estou tão abalada. o frio que faz e fez hoje não me deixa muito sociável. mas, ultimamente, anda martelando uma pergunta dentro de mim: por quê é tão difícil crescer?

como é que a gente faz pra separar que existe a hora de brincar e de fazer lição? por quê que não dá pra misturar tudo? por quê a gente não consegue trabalhar, tomar um banho e pimba! estar novinha em folha? por quê o desânimo e por quê a intensa vontade de resolver as coisas, assumir as responsabilidades custe o que custar?

ah.vou tomar água. o telefone ainda não tocou.


7.7.09

qualquer coisa que se sinta



estou de volta àqueles tempos diferentes.
ando reparando detalhes nos prédios e cores variadas.
o vento quando bate no rosto e faz cócegas.
a cabeça que pensa tanto e não pensa nada.

o coração que balança e ainda bate.
o cansaço que corrói meus dias, horas e sonos.
sinto aquele pesadelo novamente no calcanhar.

desta vez, a brisa é leve.
já não tem peso e ainda assim gruda.
são tantas coisas que o vento traz.

eu realmente não sei como definir.
eu realmente não sei mais o que pensar.

como é que ela cantava?
socorro, não estou sentindo nada.
nem medo, nem calor, nem fogo.
não vai dar mais pra chorar, nem pra rir.

é mais ou menos isto.

3.7.09

status

nunca tomei tanto café na vida. como se isso adiantasse alguma coisa. meus almoços se resumem a um sanduiche de frango com ricota. geralmente, devorados em cinco minutos por volta das 16h. tenho ido sempre ao banheiro. mas ando esquecendo de escovar os dentes. o cabelo, as unhas, a sombrançelha vou dar um jeito amanhã. isso quando alguém do salão resolver atender o telefone. hoje é a sagrada sexta-feira. é, mas ainda são 18h47. rever os amigos tem sido a principal coisa bacana. pena que meu tema principal é o trabalho. até que estou sem espinhas. mas grande coisa, meu humor continua insuportável.

26.6.09

we are the children

Como todo astro que se preze, as coisas na vida dele aconteciam em fases. Portanto, as lembranças que tenho dele também vão em tópicos. E sim, ele merece um post. Ele era o rei para mim e sempre será.

. confesso que nunca fui suuuper fã, mas lembro que quando ele veio ao Brasil pegamos um trânsito dos infernos na Alameda Santos pois ele estava hospedado no Sheraton Plaza. Ficava pensando se conseguiria vê-lo na janela do quarto, mas a única coisa que vi foram os fãs na rua e na calçada.

. lembro também de um comentário após o show: que era um espetáculo para os olhos


. os clipes que eu via pela MTV eram cheio de detalhes e isso me encantava. Tinha aquele meio tema egípcio, depois aquele outro dele com a própria irmã e fundo branco. Eu adorava ver ele dançando e os olhares que se cruzavam com as participantes das filmagens.

. outra boa lembrança era quando minha avó dizia: mixael jáquisom, totalmente pausado para entedermos sobre quem ela se referia.

. também lembro quando li um dos capítulos do Abusado e o Caco Barcellos descreveu como foi a operação Michael Jackson no Morro da Dona Marta por conta da gravação do clipe.

. e ainda tenho a eterna indignação em tentar compreender como ele cantava Black or White - música sobre racismo, quando ele mesmo não gostava da sua própria cor.

Pois bem, como sou dos anos 80 e da infância 90 eu cresci vendo ele se transformar doidamente sem jamais esquecer como ele foi no começo. Cresci vendo ele cometer polêmicas, plásticas e usar máscaras estranhas. Cresci sabendo que sempre existiriam dois grandes astros do mundo pop: Michael e Madonna. Cresci cantando de vez em quando um refrão do cantor que nunca quis crescer pois gostaria, no fundo, que sua infância tivesse sido um pouco melhor do que foi. E que desejava, de verdade, um mundo de mais respeito, amor e paz. Confesso que fiquei triste. Cause we (really) are the world and the children.

19.6.09

couve-flor

O frio continua. O céu azul também. Aqui no centro, ainda encontramos mães comprando vestidos floridos e pacotes de bandeirinhas. Nos finais de semana, as escolas próximas à minha casa ligam aquela música de quadrilha no máximo. É ainda o tempo das deliciosas festas-juninas. Pois bem, vamos às recordações da minha engraçada infância.

1993. Quarta-série. Seis calsses e, praticamente, umas 15 garotas na minha sala esperando ansiosamente o momento do sorteio. A professora Rosimar entrou na sala com um saquinho cheio de nomes. Dali, sairia a noiva escolhida para dançar a quadrilha capira. Melhor que isso: ensaiar a quadrilha. Sim, pois cada peça de teatro ou apresentação importante que fazíamos, os protagonistas sempre podiam ser liberados das aulas mais cedo, perder provas etc. Rachel.
Claro que na hora olhei para o lado desiludida. Nunca tinha cursado nenhuma série com outra Rachel na mesma classe, mas, naquele ano, sim. Chamaram novamente e olharam para mim. É, daquela vez, a Rachel era eu mesma. Sorri por dentro e por fora. Não me lembro quem era o noivo. Mas também, pouco importa. A questão é que aquela era minha chance de ficar bonitinha e ser a principal.

Digo bonitinha porque eu nunca havia sido (e depois também nunca cheguei a ser) dama de honra. Portanto, aquela era a oportunidade de eu alugar um vestidinho lindo e me arrumar toda princesinha. Minha mãe disse que naquelas duas semanas de ensaios eu fiquei rouca de tanto treinar as falas e não parava de pensar no vestido.

Só que, claro, com uma mãe professora e criativa o resultado do meu figurino não ficou nada como o esperado: ela me trocou com o típico vestido de noiva caipira, simples, branco, sem nenhuma saia e uma fita na cintura bem murchinha. Nos pés, um tênis de cada cor. No rosto, a maquiagem exagerada. Na cabeça um chapéuzinho pequeno com um véu improvisado e, nas mãos, o buquet de couve-flor. Ai meu santo!

Hoje em dia vendo as fotos fico horrorizada. Mas parece que na hora nem foi tão grave assim e eu estava tão feliz em ser a noiva que entrei na quadra saltitante, sorrindo, sem nem lembrar do frio e das risadas intermináveis das mães das noivinhas perfeitas.

Agora, anos depois minha galera resolve organizar-se de verdade e fazer uma festa junina animada. Começou cedo, tinha céu azul, quadrilha, biribinha, cerveja e vinho quente. Tinha também correio elegante, remendos, dente preto e vários casais se amando. E tinha eu, que não era a noivinha, mas era a encarregada pelos recados amorosos. Já falei que adoro festas-juninas?


16.6.09

trens

Sim. Antes que me perguntem, estou influenciada pelo meu trabalho atual e por isso, a ilustração acima é de trens. Pois acho que a vida também é um pouco parecida com um trem. Pessoas entram, saem, ficam, vão embora, mudam de trem, descem, sobem etc.

Há algum tempo pessoas queridas saíram da minha vida. Da convivência diária, das conversas, carinhos e ideias. Algumas se foram para não voltar de jeito algum e outras, apenas mudaram de trens. Apesar disso, a viagem segue. O trilho é longo e temos que continuar seguindo. O trem não pode parar.

Prometo voltar em breve com post´s longos e detalhistas. Principalmente sobre as festas-juninas.

1.6.09

aê malucada !!!!

Não sei se foi pela companhia, se foi pela qualidade das músicas, se foi pela paz da platéia ou se foi pelo local que nos instalamos. Sei que no último sábado eu voltei a sentir uma emoção que fazia muito, mas muito tempo que eu não sentia: ir à um show e se emocionar com as músicas. Ok, pode ser também TPM, but, eu achei delicioso

As lágrimas saltaram dos olhos, cheguei a soluçar e não senti a menor vergonha. Foi igual em 2001 quando ouvi o Ozzy cantando Changes ou em 2005 quando ouvi Moby tocando In this world. No caso, o show da vez era do Skank.

Quem não gosta, i´m sorry. Mas eu adoro e sempre quis ir num show dos caras. A compra dos ingressos ocorreu uma semana antes da data. Não acreditava que havíamos conseguido pois, caipirona que sou, nunca havia ido num show fechado, dentro de casas noturnas etc.

Logo na entrada fiquei abismada por não ver nenhuma fila, fãs histéricas, nem nada. Entramos, nos posicionamos e ficamos esperando uma meia hora até começarem os primeiros acordes. O único porém era a cerveja cara. No restante, estava contente por ficar ali perto de um corrimão sem ninguém me empurrando e com um degrauzinho pra auxiliar minha visão de 1,56.

O repertório começou lento, com músicas novas do último CD e recadinhos engraçados como: e a gravadora ainda diz que não está na hora de gravarmos um disco ao vivo (ele queria dizer acústico, mas entendemos). O choro veio no meio do show, durante a música Acima do sol . Relembrei um tempo não muito antigo, de amores maltratados e coração ferido. As lágrimas caíam quando percebi que a sorte havia me encontrado novamente ha três anos atrás e estava ali, atrás de mim, me abraçando e sorrindo. Por causa dele chorei de novo, desta vez, em Vamos Fugir, relembrando do início de tudo e deste post. Suspirei.

O finalzinho de tudo rendeu uma camiseta molhada de suor, cabelo melado, voz rouca e muitas conversas no caminho da volta. Foi rápido, intenso e inesquecível. Assim como é cada momento ao lado dele, o melhor presente de aniversário, sempre.

19.5.09

Just go

Foi agora pouco. Ia começar a assistir um filme, quando decidi dar uma olhada no SPTV e ver o que anda acontecendo no mundo - já que a manchete da Folha trouxe a notícia da fusão entre a Sadia e a Perdigão e eu ainda continuo de férias.

A Sandra Amorim estava sorrindo e havia acabado de anunciar uma matéria sobre intercâmbio. Desta vez, o país escolhido era a Grã-Bretanha. O repórter narrava algumas verdades sobre fazer uma viagem para Londres e ao fundo tocava uma música tipicamente inglesa. Daí, bateu a saudade.

A matéria relatava o sonho de muita gente de conhecer a capital da rainha mãe e aos poucos mostrava os prós e contras de se morar por lá, trabalhar e estudar. As imagens que se formavam se misturaram com as minhas boas lembranças de 8 anos atrás.

Em um momento, ele disse que a escolha em ficar numa casa de família pode ser a melhor opção para se treinar o idioma e, em seguida, mostrou dois pequeninos dando tchau para a câmera. Tal qual Ben e Sam faziam sempre que eu chegava em casa depois da escola ou depois do trampo no Burger King.

Esta pequena matéria de nem 5 minutos me trouxe ótimas recordações. Pude sentir o frio de andar naquelas ruas e ouvir as risadas dos meus colegas novamente. Por isso decidi parar o filme e vir correndo pra cá escrever em maiúscula: SE VOCÊ QUER FAZER UM INTERCÂMBIO, VÁ !

By the way, o filme que vou assistir é o clássico Titanic. Comprei esses dias e estou feliz da vida. A história pode ser melação demais e a Celine Dion já deu no saco, mas, a lição de vida que este filme passa é como esta matéria que vi agora: pra curtir a vida e seguir o coração.

Mais um parênteses: seria rídiculo eu citar os dois pequeninos que moravam comigo, sem colocar no mínimo uma foto deles aqui né? Com vocês: Benjamin e Samuel. Que devem estar enormes agora e nem se lembram mais de mim. huahauaaha


12.5.09

Mi amor

para Ronald

Ontem fui te visitar. Ganhei carona até o metrô, tomei o trem vazio e fui pensando em você. Desci na avenida movimentada, peguei outro ônibus e quando achei que estava perto, ele virou outra rua, eu desci e tive que tomar um outro.

Fazia sol e calor. Pensava como era difícil voltar à realidade da cidade grande, depois de ter ficado uma semana toda fora, nas praias do nordeste. Comparei a tranquilidade daquelas areias calmas com o asfalto preto e pesado. Lembrei do vento refrescante nos meus cabelos e da pequena brisa que se esforça em passar entre os prédios. E daí, lembrei de você novamente.

A chegada no hospital foi rápida, a entrada sem a menor burocracia. Tudo estava branco demais, silencioso demais e calmo demais. Quando te encontrei no quarto soltei um sorriso por ter a chance de te ver, de poder te visitar e ficar ali admirando seu jeito calada, segurando um choro e um sorriso. Lembrei de nós dois conversando em espanhol, você me dizendo que iria guardar dinheiro para meu casamento e o jeito que você dizia sempre que a gente se encontrava: mi vida, mi amor.


Foi pouco tempo. Pensei em tocar em você para ficarmos mais próximos. Mas achei que eu iria acordá-lo. Então observei você dormindo. Respirando profundamente, tremendo de vez em quando, tossindo forte e franzindo a testa. Este foi o momento da dor. Tentei imaginar a dor que você sentia, mas isso é impossível para quem está bem. Então me despedi em pensamento. Saí devagar, falando baixo para continuar deixando tudo calmo para você.

A volta foi difícil. Melodias tristes me acompanharam até entrar na igreja. Rezei por você novamente e voltei a sentir aquele alívio estranho que sinto quando alguém se vai. Entrei em casa, respirei fundo e, novamente, um passarinho pousou na janela. Desta vez não era uma maritaca ou um sabiá. Era um beija-flor preto. Ficou ali por alguns segundos e se foi. E eu sabia, lá dentro de mim, que era você.

28.4.09

drops

. Agora tenho Twitter e me sinto mega hiper super conectada. O problema é que penso que o uso é para quem tem tempo de ficar no computador, tempo de postar e internet rápida. Não é muito o meu caso, mas está divertido.

. Quanto ao post anterior, ufa. Acho que depois do primeiro mergulho na praia de Iracema as coisas voltarão a ficar mais claras e transparentes. Aliás, estão ficando. Sempre há aquela luzinha no fim do túnel e soluções que se apresentam da melhor forma.

. A pessoa sabe que está ficando empolgada com as férias quando se pega às 2 da manhã pensando na lista de roupas para levar na mala e sair bem nas fotos.

. Sobre futebol, não há muito o que comentar pois meu time está fora e o técnico é um carioca grosso, invocado e que vive brigando com os juízes. Mas o gordo é foda e o marketing do 'timão' é de tirar o chapéu. A única coisa que não entendo é ter dois jogos para uma final. Porra, se é final é final ué. Se há um jogo antes, esse seria a semi-final, não?! Homens!

. E sobre a gripe suína a única que penso é que a coisa só chegou ao nível 4 da OMS porque já existem casos em NY. Dúvido que se a gripe fosse somente na África, a OMS se preocuparia tanto e as pessoas também. Mas, espero, de verdade, que tudo melhore.

23.4.09

tic tac - 19ª edição

Confesso que desta vez não estou muito preocupada. Porque, pela primeira vez acho que está chegando devagar, sem aquela afobação toda desesperada. Está me fazendo refletir e pensar em mil possibilidades. Não sei se é por conta das férias que se aproximam, mas, conforme dito anteriormente, não estou preocupada em entender os motivos reais. Acho que isso ocorre porque eu sei de onde veio, porquê veio e como vai acabar. O melhor é saber que há até um prazo estipulado para tomar alguma atitude: junho. Onde se vai o outono e troco as cascas novamente.

Enquanto isso, a gente vai inspirando e expirando: sem mais nenhuma condição para continuar segurando o leme e, apesar da crise, zero de motivação. Triste é pensar como as coisas mudaram.

22.4.09

So Long Farewell

Uma vez, eu assisti um filme da Barbara Streisand e achei, simplesmente, um saco. Qualquer ação que a mulher fosse fazer ela resolvia cantar sem parar. Puta coisa chata. Tipo: ela pega o pente, vai pentear o cabelo e começa a cantar. "Vou pentear meu cabeloooooooooooo ...." E daí, um tipo de ação que demoraria no máximo uns 2 minutos, fica quase 10 só na cantoria chata.

Outro dia, meu pai alugou aquele Mamma Mia! para assistirmos. No começo achei legalzinho. Até que a filha da mulher começa a cantar junto com as amigas na praia falando de um diário. Pronto. A porra da cantoria não parou mais e a cada cena que poderia ter o mínimo de diálogo, não: músicas e mais músicas. Definitivamente havia colcado na minha cabeça que detestava musical.

Até que eu soube que A Noviça Rebelde estava em cartaz no teatro Alfa aqui em São Paulo e resolvi comprar um ingresso para minha mãe - de presente de dia das mães adiantado. Ela ficou toda empolgada e até meu pai, que não é muuuuuito dessas coisas, não ligou em nos levar até Santo Amaro para assistirmos ao espetáculo.

Chegando no Transamérica aquela multidão de endinheirados e muita, mas muita criança. Já pensava naquela molecada gritando, comendo, quando reparei nas freiras descendo no meio da platéia e o silêncio nas poltronas. Elas cantavam baixinho e somente quando subiram no palco que o cenário se formou e a peça começou a tomar forma. Fiquei admirada.

Logo que começaram a cantar eu juntei na minha mãe e cochichei: porra mãe, não acredito que é playback. Olha esse som ... ! Dúvido que é ao vivo ... deve ser um CD. Ela nem me deu bola e pediu pra eu ficar quieta. Aliás, eu era a única pessoa comentando algo do musical. Olhei ao redor e as crianças permaneciam paralisadas, com os olhos brilhando e a pipoca parada. Resolvi então deixar de ser chata e parar de pensar se era ou não playback.

Após muitas palmas, canções, encenações e diálogos (sim ! diálogos!) houve o tempo curto de intervalo. A enorme fila do banheiro e o preço da água nem me assustaram. Agora, o tal segredo precisava ser desvendado: afinal, aquele timbre e volume eram mesmo de verdade? Eram. A resposta se deu com minha ida bem na cara de pau até a beira do palco. Olhei para baixo e voltei para meu assento encantada. Uma orquestra completa afinava alguns instrumentos e olhava para alguns curiosos, que, como eu, não podiam acreditar que aquilo tudo era ao vivo.

O final do espetáculo terminou com uma multidão de pé e meus pais emocionados. Eu apenas pensava na economia para assistir meu próximo musical e tentava consolar minha mãe, que havia estourado uma veia da mão de tanto bater palmas. Foi inesquecível.

16.4.09

o melhor do meu aniversário

fazer 27 anos e NINGUÉM acreditar


receber homenagens dos amigos em fotologs, orkut etc.


parar todo mundo do trampo pra cantar parabéns


o bolo ser tão bom que acaba em 10 minutos


ganhar um sabonete de pitanga delicioso da estagiária (!!!)


sua mãe mandar um SMS de parabéns


ligações inesperadas


relembrar os 17 sem o menor arrependimento

15.4.09

ufa !

Ai ai. Lá vamos nós para mais um post deúncia-desabafo-indignação-supresa. Desta vez, não foi com o cartório, mas também envolve a ala médica do Brasil. Antes que me condenem: não estou generalizando e além do mais, sou de família de médicos. Respeito muito a profissão, mas há certas coisas, que não dá pra simplesmente engolir e deixar para trás.


Após sete rodadas de Imagem&Ação, quatro latinhas de Skol, uma rodada de detetive de piscar, três copos de água e um número dois com Coca pequena, resolvi me mandar. A noite tava boa, a madrugada acolhedora, mas algo me dizia para sair fora. E a voz, veio lá debaixo, do meu estômago.

No dia seguinte, acordei toda enjoada. Rolei na cama por algumas horas, fui no shopping e comi mais ou menos. Andei, dirigi, deitei, andei e soltei. Era aquela coisa que todo mundo conhece: cama, banheiro, cama, banheiro, sofá, banheiro e assim seguiu-se até segunda-feira.

Não queria ir trabalhar. Deixei dois ônibus passarem, mas, mesmo assim o fiz. Mal cheguei e fui direto para o banheiro. Mais 15 minutos conversando com meu estômago e tentando compreender que dor era aquela. Nada. Não melhorei, comecei a ficar mais branca e resolvi me mandar.

Na volta pra casa, após o "banquete" do almoço - batatas e banana - fomos para o hospital. Senha 096, atendimento ok, espera de uns 30 minutos. Normal para uma segunda-feira pós feriado. Estava até contente em observar minha ficha rodando de um lado para o outro. Comentei com minha mãe que não gostaria de ir para o consultório 3 pois a médica parecia muito doida da cabeça. Ela concordou. E assim se foi. Igualzinho naquele programa do Sérgio Malandro.


A porta de número 3 se abriu e pimba: Rachel? Ufffs. Respirei fundo, mas, fui toda disposta tentar relatar minha desgraça. Pra começar que a médica me pediu pra eu deitar na maca, apertou minha barriga, soltou, apertou de novo, eu gritei e ela saiu andando. Tipo, oi, posso levantar? Um pouco de diálogo por favor? Nada.

A maratona só começava: exame de sangue, urina e tomar remédio na veia. Ok, já imaginava. Ah, além disso, vamos também fazer um raio-x essa dor aí pode ser apêndice. Hã?! Ok. vamos lá. Uns 50 minutos depois, com um leve sono, uma puta fome e alone in the dark volto para a sala de espera. Cadê a médica? Sumiu. Saiu fora com uma paciente e lá ficou por uns 40 minutos.

Volta. Toda despenteada. Mais cansada e com mais cara de louca. É ... Rachel? Volto para a sala. Desta vez, com o pai junto. Sentamos e ela não diz nem boa noite pra ele. Hunf. Doutora, veja: fiz os exames, tomei remédio, mas as dores ainda continuam. Sem nem olhar direito as manchas do raio x (sim, manchas pretas e enormes) ela soltou: é, deve ser o caso de cirurgia mesmo. Vamos fazer um ultrassom?

Quasei rolei da cadeira. Me senti num circo. Como assim, cirurgia? Do quê? Para quê? Enfim, ok, ultrassom. Fui, me melequei toda, senti o maior frio e a dor ainda persistente. Voltamos e novamente ela não estava na sala. Mas que saco! Ok ... Rachel? Sentamos. Ela olhou, viu que tudo estava certo até que ... circulou com a caneta: líquidos nos intestinos. É, pode ser mesmo caso de cirurgia. Você terá que passar por um médico geral pré-cirurgíco. Cuma?! Paiê, liga pro seu irmão. E também liga pro seu primo. Tá, eu ligo. (os tios são médicos)

Bom, queridos, pra encurtar, pois está bem longa a história: puta de uma máfia! Se eu fosse uma qualquer e a médica pré cirurgíca não fosse gente boa e honesta, aquela doida teria me passado a faca pra arrancar um apêndice que não está me dando problema algum e claro, arrancar a $$$ do seguro. Sim, porque a cada exame que fiz deve ter sido uma taxa diferente. Ai ai ai. Quanto à dor, estou melhor. Dei uma relaxada e voltei ao trabalho. Talvez seja emocional. Afinal, meu inferno astral termina amanhã. Cruzes!

8.4.09

dúvidazinha

voltei que voltei empolgadona com a web. além do blog de cara nova, também ando postando algumas fotecas no fotolog, quero arrumar uns álbuns no flickr e só falta ter tempo para o orkut - mas esse, eu passo um pouco.

o porém é que agora tô com uma dúvida daquelas. soube do twiter e fiquei pensando se é legal ou não. algum de vocês têm? vícia mesmo? é legal? hum hum?

7.4.09

próxima estação: são bento

já peguei época de natal - uma das piores do ano devido ao tamanho das bonecas, carrinhos, tábuas de passar roupa, caixas, cestas básicas, pacotes de presentes, árvores, muambas e claro: o papai noel em todos os tamanhos e jeitos possíveis, inclusive, inflável.

depois veio a época do carnaval com todas as suas cores e sacolas: perucas, antenas, asas, chifres, rabos, máscaras, latas de sprays pesadas, enfeites de isopor, colares havaiana aos baldes, sacos de confetes, martelo, mamadeira gigante e peitos femininos enormes.

agora, claro, a páscoa: cestas de chocolate, cestas de trufas, caixas de vinhos, novamente os enfeites de isopor, ovos de páscoa com aquele celofane enoooorme e como não poderiam faltar, os coelhos de todos os tamanhos para competir com o papai noel: grandes, pequenos, médios, de pelúcia, de plástico, de madeira, de pano e até de chocolate.

daí, quando acaba o dia, dentro do metrô eu lembro da frase: você deve adorar trabalhar ao lado da 25 né?

4.4.09

neverland

Na última quarta-feira à noite fui num churrasco aqui perto de casa. Estava bem gostoso, casa cheia, lua no ceú, cerveja gelada, namorado e colegas de trabalho do namorado me chamando pelo apelido que mais gosto.

No fundo da casa estava o grupo reunido, falando besteiras, comendo maionese, carne, linguiça, vinagrete e farofa. Não demorou muito para começarem a zoar com o jeito que ele é no trabalho, as besteiras que ele fala, mostrar esse lado, que nós, namoradas que ficamos longe, nunca sabemos como é.

Outro dia mesmo, até pensei em filmar um dia de trabalho meu só para as pessoas do meu dia a dia compreenderem alguns fatos e cenas que comento diariamente. Mas ainda assim, prefiro a narrativa bem feita e descrita.

Pois bem. Eis que lá pelas tantas e depois de ouvir muito alemão, ralar meu inglês e darmos aquelas risadas universais pelas mesmas coisas, me vira uma das colegas dele e me fala: eu até tenho vontade um dia de dar um toque nele sobre o jeito que ele é. Hã?! Pensei. É, o jeito dele. Às vezes quero dar um toque para algumas coisas. Se a pessoa pensa em subir na empresa, deve mudar alguns comportamentos.

Pausa com pensamento de namorada: hei, quem você pensa que é para falar assim dele? Olha a sua situação filha. Primeiro olha para você. Se enxerga! Vem falar isso para mim? Há!

Mas, depois parei e analisei melhor. Aliás, não só eu analisei o comentário, como disse para ele e analisamos juntos: é uma merda crescer. Esta é a frase e o tópico deste post. É uma merda olhar para o lado e saber disso. E ter que correr atrás, porque de fato as pessoas têm razão. É uma merda olhar ao redor, dar graças por ter um emprego e ter que segurar várias pontas pra continuar nele. Passar por situações péssimas, engolir um brejo todo e ainda sorrir.

E não é apenas no trabalho. Vem a vida junto. Vem os amigos que estão no mesmo barco de dúvidas, vem as decisões na mente, os sentimentos no coração, as vontades que sobrepõem a razão. E pior: vem junto aquelas pessoas que você admira e que reclamam de comemorar mais um aniversário, reclamam por completar 33 anos, por exemplo.

Ai, será que é tão difícil crescer mesmo? Será que envelhecer tem que ser sempre sofrido? Eu sei lá. Estou num inferno astral estranho, a algumas semanas do meu 27º aniversário. Sem conseguir me preocupar muito com o número das velas, mas recordando de tudo que já aprendi nos últimos 10 anos. O tempo voa.

31.3.09

de volta

ainda não está exatamente como eu queria, mas acho que com o tempo vou ajeitando. Resolvi voltar para cá. Estou no meu inferno astral. Cadê o outono que não chega logo? rs Agora vai ser tudo em drops.


uhu

2.3.09

sobre o blog

é. bateu aquele enjoo básico. aquele grandão. já faz uns dias. tá, pra ser sincera, já faz uns meses.daqui, disso tudo, das palavras, escritas, parágrafos, frases, ideias, opiniões, cores, comentários.

tava pensando em jogar para o alto e apagar tudo de uma vez só. mas depois, pensei melhor e decidi deixar aqui tudo guardadinho. no meio de tantos blogs e posts mais interessantes que os meus.

vou criar um novo blog. acho que vai ser mais interativo, mais dinâmico e que talvez agrade mais os visitantes, curiosos e amigos blogueiros. porque um blog não vive apenas de idéias e grandes escritas. uma vez na rede, você quer ser visto de algum jeito. não se escreve as coisas apenas por escrever. isso eu demorei para concluir, mas é verdade e estou convivendo bem com essa idéia.

obrigada por todos que por aqui passaram. quando der vontade de escrever mais, prometo que voltarei para soltar as longas histórias e vivências cheias de detalhes. mas é que, no momento, estou precisando escrever menos, questionar mais e ouvir opiniões rápidas sobre algumas coisas.

em breve divulgarei o nome do novo blog.

adeus amigos. tin tin!

25.2.09

kafka

quando eu ganhei o "meu primeiro Gradiente" veio junto uma fita com algumas músicas engraçadas e um papel com todas as letras para serem cantadas. me lembro que havia uma sobre barata.

que o cara tinha encontrado uma barata na cozinha e rolou um olhar entre eles etc. eu sei que todo mundo sabe que música é essa, quem é o cantor etc. eu não sei e também não preciso saber no momento.

mas me lembrei dessa música no último sábado depois da encarada que recebi de uma barata que estava na cozinha. ai que bicho asqueroso! não consegui matá-la e ainda perdi a luta tentando terminar logo de me arrumar pra uma festa e fechando todas as possíveis entradas que ela tinha para os quartos. ou seja: ela havia ficado com a área de serviço inteira, a cozinha, o banheiro lá de fora e o quartinho. v-i-a-d-i-n-h-a.


por conta deste pequeno duelo havaianas-barata-direção oposta-blusa-fuga por debaixo da porta, eu resolvi me isolar na casa do namorado o feriado inteiro. foi delicioso. lá não tinha baratas, medos, fraquezas e impotência. pelo contrário, a única coisa que preocupava era a cachorra do vizinho uivando de saudades dos donos. isso sim foi meigo e digno de um feriado.

16.2.09

toc toc toc

6h15. esse é o horário que ele toca pela terceira vez. hoje eu acordei bem disposta. a chuva havia parado, sabia qual roupa ia vestir e até visualizei um sol lá perto da dr.arnaldo. suspirei.

após o banho e uma pequena crise de TPM (tudo parece uma merda) do tipo: cabelo tá uma merda, pele uma merda, unhas uma merda, a roupa ficou boa mas o corpo tá uma merda, sapatos merda e novamente cabelo merda, tomei café e me mandei.

aí chegando aqui me bateu um puuuuuta desespero. fiquei pensando na idade que me encontro e aonde estou. fiquei pensando que me formei faz três anos e até agora não fiz nenhuma pós, mestrado nem nada. fiquei pensando que poderia ter ido pra Madrid, poderia ir morar com minha tia em Detroit, poderia ter começado outra faculdade e já estar no segundo ano.

ahhhh! o que eu estou fazendo da minha vida? não que eu não goste do que eu faço. eu gosto e gosto muito. me dou bem, acordo disposta (conforme falei lá em cima) e curto mesmo trabalhar. mas, lá no fundo sempre bate aquela dúvida: será que é isso mesmo que eu quero? pra começar eu andei pensando que não quero ficar mais um ano inteiro no cargo e nível que estou.

ok, eu sei que a mudança deve partir de mim, mas quando paro pra pensar na minha vida mesmo, são tantas as possibilidades para crescer que acabo sempre ficando no mesmo lugar. então quero fazer mestrado, e daí, nada. depois pensei numa pós em direito do consumidor, mas será mesmo?

de verdade? eu queria dançar muito. ficar o dia todo treinando, acordar cedo, viver de música, passos, ritmos, batidas e ensaios. mas acho que ainda assim eu ia sentir que falta alguma coisa.

10.2.09

outros carnavais

Em meio a histerias silenciosas, gente gritando por nada, pessoas bufando e bafafás, decidi escrever sobre o carnaval. Porque, sim, eu vou folgar! E para quem nunca gostou deste tipo de festividade, estou começando a adorar a sensação de beber até cair, curtir o namorado, os amigos e toda a chuva de confetes.

Meus carnavais nunca foram suuuuuper memoráveis, mas me lembrei de um específico. Não sei o ano e nem me lembro muito bem quem inventou a brincadeira, mas deve ter sido eu mesma, prá variar. Inventamos de criar nossa própria escola de samba: a Unidos do Guarapuava (o nome do meu prédio, hauahauahauhua). Lembro que meu irmão "tocava" tipo um pandeiro e eu fui a porta bandeira. Desfilamos por todas as áreas do prédio e acabamos com a clássica guerrinha de sprays de espuma.

Aliás, eita invenção boa que foi essa! O tal do spray de espuma. Era sagrado: todo carnaval na praia, durante o trânsito bizarro de quarenta minutos até o centro, o carro recebia a cobertura branca da espuma, com bêbados caindo em cima do capô e meus pais discutindo a alegria dos outros.

O ódio pelo carnaval se deu mais ou menos nessa época: muita gente, muita fila, muito trânsito, muita alegria exagerada e pessoas sem noção. A clausrofobia, agorofobia e sei lá mais o quê tomou conta de mim e até hoje não consigo ficar em lugares super lotados por muito tempo. Com isso, os últimos carnavais eu passei acampando. Bem longe, com barraca, mosquitos, pinga com mel, poucos amigos e boas risadas.

Num outro ano, cheguei a trabalhar num camarote famoso. Tem gente que dava a vida para estar ali no meu lugar, enquanto eu só pensava mesmo em dar o melhor de mim e ir para o hotel dormir. Voltei quebrada, com algumas fotos clássicas, emocionada em ter visto a Sapucaí mas jurando não voltar para o Rio tão cedo.

Para este ano eu até toparia um baile de máscaras. Daqueles bem clássicos e com músicas antigas. Seria bom reviver as marchinhas engraçadas, os primeiros hits de axé e tirar fotos com os amigos. Mas, sinceramente, tenho certeza que tudo vai acabar num passeio no parque, barzinho com casais e filmes no sofá azul. Adoro.

3.2.09

maçãs

O irmão escolheu cursar direito. Após quatro anos viu que não era aquilo que queria. Terminou a faculdade e agora cursa história. Está adorando a idéia e quer dar aulas.

A mãe fez pedagogia. Passou por várias escolas, ficou rouca, voltava para casa com cadernos e purpurina. Educou os filhos com toda sabedoria e se aponsentou ha pouco tempo atrás.

Certa vez o pai disse que gostaria de dar aulas de noções básicas de direito. Não é frustrado, mas em qualquer papo com o genro conta histórias e passa seus conhecimentos.

A cunhada está terminando letras. Quer viver para o teatro, mas adora dar suas aulinhas de italiano e tirar dúvidas de gramática.

A bisavó e a avó foram professoras. Além disso, o avô materno também deu aulas particulares de física quando chegou ao Brasil.

Acho que está no sangue: mestrado, aí vou eu.

2.2.09

filtro solar

sexta:

indignação na rodoviária. gringos do buzão. elvis, chico,toquinho,duffy e diana krall. travesseiro fofo. estrada com chuva. calor. pessoas dentro do mar. expectativa. nó no estômago. motorista comédia. flash dance. quatro guardas. muitas caronas. chuva forte. abraço sincero. quarto agradável. algumas mudanças. forró. "compacta". pessoas novas. reggae eterno. gabriellas, brejas, vodcas e sono.

sábado

café da manhã delicioso. sol bombando. céu azul. gaivotas. cachorros. crianças peladinhas. baldes. brejas. pastel de queijo com orégano. conversas sinceras. mais sol. mar. mergulhos. reencontros. água doce. barcos. meninas nojentas. cariocas. briga na praia. remo quebrado. queimação. ardor. cachoeira. formigas. peixe macio. caladril. paracetamol. ventilador de teto. mais forró. mais breja. mais reencontros. mais conversas sinceras. sono e estrelas.

domingo

dor. ardor. fervor. queimação. sombra por favor. preguiça. agonias. saudades. passeio de barco. vento. praia do sono. brejas. conversas. causos. volta. tonturas. ardor. cremes. paracetamol. malas. banho rápido. sanduiche. adeus pela janelinha. lembranças no olhar. serra. queimação. nicolas cage. ar condicionado. sono. mais paracetamol. água. ardor. lágrimas. chão de giz.


é muito importante usar filtro solar (em todos os sentidos)

28.1.09

trindas

13/09/2000 - 17:55 - São Paulo - quarta - chuva

Queridinha,

Acho impressionante como esta vontade louca de escrever ultrapassa a noção consciente que devo estudar matemática.

Estou te escrevendo na sala, chovendo muito e com meus olhos ardendo ao cloro da natação. Estou perdida em fichas e livros. Meus pensamentos estão vagando no ar, sem ter vontade alguma de se entenderem (...)

(...) Sabe? Me deu vontade de procurar no dicionário o que significa Trindade, pois estou pensando em fazer tipo de um ... mural, com várias fotos, músicas, pensamentos e desenhos que me lembram lá. (...)

(...) Em relação à Trindade não tem jeito: estou cada vez mais apaixonada por lá.


Escritas feitas ha alguns bons anos atrás. Recuperei o caderno, as lembranças, as aventuras e aprendizados. Ontem senti um frio na barriga ao conversar com a amiga que mora por lá. Sexta-feira eu embarco para esta vila mágica. E o melhor: para pensar no futuro e não relembrar do passado.

Preciso mesmo desse tempo. Daqui e de todos. Preciso da melhor amiga ao lado e daquela brisa do mar. Preciso, de verdade, respirar um ar mais puro e afogar meu celular no oceano. Enough.

26.1.09

essa coisa de destino

Certa vez nos encontramos no aeroporto. Ele voltava de um casamento em Joinvile, cheio de colegas e expectativas pela primeira viagem de avião. Era dia, um sol bonito me acompanhava e eu também estava cheia de expectativas para mais um trabalho penoso, desta vez, no Rio.

Sem muita esperança e com meia hora adiantada, telefonei achando que ele não fosse atender. Era carnaval e era triste pensar que só nos encontraríamos na volta para casa. Mas meu celular estava com sinal, o desembarque nem estava tão cheio e deu para nos vermos antes de eu pegar meu voo. Foram uns 10 minutos de abraços, beijos e aquela alegria sem fim. Inesquecível.

Daí na semana passada, após uns dois anos do episódio no aeroporto, comentei que iria realizar um trabalho na Estação da Luz às 18h. Ele riu e respondeu que também estaria lá no mesmo horário porque viria para um curso aqui no centro. Rimos juntos. Como vamos nos encontrar em pleno horário de pico no meio da estação? Impossível. É, impossível. Faz assim: pensa muito em mim e eu penso muito em você. De algum jeito, nos encontraremos.

18h15. Um mar de gente transitava entre a saída da CPTM e a ida para o Metrô. Ele passa a catraca com uma pequena distância entre nós. Eu grito. Ele vira e olha para trás. Não me vê. Eu grito de novo. Ele para, olha para trás novamente e solta um sorriso assustado. Mais uma vez o acaso nos une. De repente, sem menos esperar e com toda vontade do mundo.

Tenho certeza que ele é, realmente, minha alma gêmea.

19.1.09

amy winehouse

O vestido era aquele mesmo de posts atrás. O rosa claro, longo e de tecido mole. As unhas estavam feitas, a sombrançelha desenhada e os brincos novos comprados. Até o sono estava em dia e os convites separados. Quando deu 17h lá fomos nós para a cabeleireira.

Ai. Uma pausa porque a questã é que todo mundo que me conhece sabe da textura, tamanho e força do meu cabelo: zero. Não tenho nada, é fino, é meio ondulado, meio liso, meio crespo, meio a meio. Mas, assim como o cabelo de todos e todas: a gente se acostuma e vai levando.

A idéia de penteado era zero também. Não tinha idéia do quê eu queria e só pensava na cabeleira armada da Julia Roberts que sempre fica linda quando ela prende. Ok mas eu não tenho tal cabeleira, nem o sorriso, nem nada de Julia Roberts. Só tinha o vestido lindo e a valsa pra dançar.

A filha da dona veio cheia de idéias. Olhou para mim e rascunhou uma trança para dentro com um leve topete em cima. Achei legal, lavamos e começou a palhaçada. Em instantes ela secou tudo e veio a mãe para iniciar a arte: desfiar meus fiozinhos. Todos. Com força. Um por um.

Ui. Ai. Ai de novo. Ahhhh! Socorro. Daí ela puxou tudo para trás e soltei um riso leve: eu estava idêntica à Amy Winehouse. Só faltavam, os olhos verdes pintados com delineador forte e o batom rosa. Huahauaahaua. Bizarro.

Pra finalizar ela abriu o pote azul e jogou o spray por toda minha cabeça. Encheu. Me senti- literalmente um frasco de laquê, dando de 1000 a zero na Marta Suplicy ou em qualquer celebridade que abusa deste ... instrumento.

A festa foi incrível, meu capacete não causou nenhum grande espanto e a valsa foi até o fim perfeitamente. Ganhei o apelido de Elvis, outros me chamaram de Maysa mas o pior de tudo foi ficar mais de quinze minutos tirando todos os nós. Depois dessa aventura volto para minha campanha: menos laquê e mais grampos.

15.1.09

mais do mesmo

É impossível que exista uma pessoa no mundo que não tenha um vício ou uma mania. Alguns precisam beber, outros fumar. Há quem não perca um capítulo da novela ou aqueles que lêem o jornal todos os dias no mesmo horário. Pois bem. Eu preciso. Eu quero. E parece que a 5ª temporada só vai começar no final deste mês lá fora pra depooooois vir para o Brasil. Hunf.

Sim. Estou falando do Lost. Essa porra de seriado que mexeu com a minha cabeça e me deixou morrendo de vontade de me jogar nessa ilha linda e doida. Os personagens tornaram-se meus amigos e até o bandidão se tornou para mim o melhor ator da série. Para quem ainda está vendo as temporadas, sugiro sair deste post. Mas, para quem já viu, por favor, me ajude com os enigmas abaixo:

. O Walt é o Cirilo do Carrossel?
. Qual é a verdadeira história da Rousseau?
. Por que a Juliet tem aquela cara sonsa insuportável?
. O irmão do Mr. Eko é cara que encontra o Hurley no hospício?
. Qual é a daquela ruivinha, Charlotte?
. A ilha foi para dentro do mar?
. De onde vieram aquelas comidas extras que caíram do nada na ilha?
. A Naomi é um traveco?
. Afinal, que fumaça preta é aquela?
. Quantos ursos polares existem?
. Como que o Ben foi parar no meio do deserto?
. O Jin está vivo?
. A Claire morreu?
. O pai do Jack é o Jacob?
. E por fim: o Richard é primo do Highlander?

13.1.09

10 coisas que nem Phelps deve gostar

1. entrar água no óculos


2. o maiô entrar no bumbum


3. dividir raia com outra pessoa


4. a mensalidade aumentar


5. todo mundo bronzeado, menos você


6. teste de resistência


7. borboleta


8. sentir cãimbra


9. o cheiro de cloro no corpo


10. quando a aula acaba

7.1.09

o famoso tic tac

Quando você começa um namoro você se pergunta se vai dar certo? Quando você consegue um emprego, você tem alguma dúvida se vai dar conta? Quando você programa uma viagem incrível você se pergunta se vai curtir? Pois se você pensa assim, welcome baby. Eu também.

Desci do ônibus ontem e encontrei uma das minhas melhores amigas na rua. Ela voltava de Buenos Aires e fazia um tempo que não conversávamos. Após um longo abraço de ano novo, ela me perguntou como andava o trabalho. Eu dei um longo suspiro e disse: Ando com vontade de chorar. Sabe aquela vontade de chorar muito? Soltar para fora? Ai amiga, eu não sei se vou dar conta.

Ela me acalmou disse que eu saberia como lidar. Suspirei novamente ao contar que não iria para praia ver meus pais porque teria que trabalhar no domingo. Fiquei até o caminho da casa dela me lamentando: estou trabalhando demais. Não sei se vou aguentar. Tá foda. Etecetera.

Daí mais pra noite, na casa do namorado dela, junto aos amigos casais queridos e ao namorado de banho tomado e cheiroso eu lembrei novamente que estava exausta, fedida, suada e com sono. Mas, as conversas sobre as viagens eram tão empolgantes que às vezes até me esquecia disso tudo.

Já piscava todo meu cansaço quando encontrei uma revista falando sobre ansiedade. É, a porra da ansiedade que eu tenho com a vida e com as coisas dentro dela. Eu me cobro, cobro dos outros, cobro do mundo. Corro muito e pareço sempre pertencer a lugar algum e continuar girando no mesmo lugar. Vale a pena correr tanto? Vale a pena se estressar tanto? E isso que é pior: eu não faço de propósito. É aquela coisa de ter nascido ao meio dia sem médico de plantão.

Só que daí hoje eu acordei largada. Me inspirei para tentar mudar um pouco isso e cheguei aqui às 9h15. Sem cara feia, sem cobrança, sem nada. Me sinto um algodãozinho. Leve, leve. Agora, só espero diminuir o ritmo e dançar com mais prazer.

3.1.09

carpe diem

Auei. De volta às escritas, porque ainda continuo em Sampa, não viajei para lugar algum mas, mesmo assim, passei muito bem a virada e os dias pré e pós. Não houve muitos fogos, houve champagne pra caramba, houve abraços sinceros e a conversa com a mãe de longe que estava pulando as ondas e falando ao celular. Huahauahauhaua. Hilário.

Daí que a balada também não aconteceu como era o esperado. Mas às 3h estavam alguns amigos guerreiros aqui em casa ainda empolgados em tomar licor de menta, cerveja e as combinações de vodca gelo e alguma coisa (no caso foram doses de vodca com guaraná, vodca com suco de maracujá, vodca com citrus e vodca com citrus e guaraná).

No dia seguinte a ressaca pesou bem. Foi preciso babar no travesseiro de um dos cunhados por duas horas, tomar sorvete e todo o tipo de doce que vi pela frente. Falei baixinho o dia todo e mal ouvia o que diziam. Na volta pra casa ainda me deparei com louça pra lavar, plantas pra regar, chão pra limpar e latinhas pra jogar fora.

E quem disse que acabou? Hoje é sábado, tempo nublado e ainda sobrou meia garrafa de vodca.