4.4.09

neverland

Na última quarta-feira à noite fui num churrasco aqui perto de casa. Estava bem gostoso, casa cheia, lua no ceú, cerveja gelada, namorado e colegas de trabalho do namorado me chamando pelo apelido que mais gosto.

No fundo da casa estava o grupo reunido, falando besteiras, comendo maionese, carne, linguiça, vinagrete e farofa. Não demorou muito para começarem a zoar com o jeito que ele é no trabalho, as besteiras que ele fala, mostrar esse lado, que nós, namoradas que ficamos longe, nunca sabemos como é.

Outro dia mesmo, até pensei em filmar um dia de trabalho meu só para as pessoas do meu dia a dia compreenderem alguns fatos e cenas que comento diariamente. Mas ainda assim, prefiro a narrativa bem feita e descrita.

Pois bem. Eis que lá pelas tantas e depois de ouvir muito alemão, ralar meu inglês e darmos aquelas risadas universais pelas mesmas coisas, me vira uma das colegas dele e me fala: eu até tenho vontade um dia de dar um toque nele sobre o jeito que ele é. Hã?! Pensei. É, o jeito dele. Às vezes quero dar um toque para algumas coisas. Se a pessoa pensa em subir na empresa, deve mudar alguns comportamentos.

Pausa com pensamento de namorada: hei, quem você pensa que é para falar assim dele? Olha a sua situação filha. Primeiro olha para você. Se enxerga! Vem falar isso para mim? Há!

Mas, depois parei e analisei melhor. Aliás, não só eu analisei o comentário, como disse para ele e analisamos juntos: é uma merda crescer. Esta é a frase e o tópico deste post. É uma merda olhar para o lado e saber disso. E ter que correr atrás, porque de fato as pessoas têm razão. É uma merda olhar ao redor, dar graças por ter um emprego e ter que segurar várias pontas pra continuar nele. Passar por situações péssimas, engolir um brejo todo e ainda sorrir.

E não é apenas no trabalho. Vem a vida junto. Vem os amigos que estão no mesmo barco de dúvidas, vem as decisões na mente, os sentimentos no coração, as vontades que sobrepõem a razão. E pior: vem junto aquelas pessoas que você admira e que reclamam de comemorar mais um aniversário, reclamam por completar 33 anos, por exemplo.

Ai, será que é tão difícil crescer mesmo? Será que envelhecer tem que ser sempre sofrido? Eu sei lá. Estou num inferno astral estranho, a algumas semanas do meu 27º aniversário. Sem conseguir me preocupar muito com o número das velas, mas recordando de tudo que já aprendi nos últimos 10 anos. O tempo voa.

2 comentários:

*Livia* disse...

Ai...crescer é muito dífícil mesmo! Mas o inferno astral passa logo! =) Bjo

Francisco disse...

Heeeeeiii já reformou geral e nem avisa? hahaha

Bom, crescer é uma merda mesmo! E vc está indo pros 27... mais um ano chega o seu " retorno de saturno", dizem que aí o bicho pega! hahahaa

Beijos