"Não quero morrer sem cicatrizes, por isso me bate, senão perco a coragem"
Recebi essa frase há alguns dias de um amigo meu. Na versão entregue, a mensagem estava em italiano, mas a tradução nua e crua veio à calhar no momento presente - no qual estou tentando digerir o golpe violento que meu corpo e minha alma receberam.
Ninguém pede para ter cicatrizes. No entanto, especificamente neste ano, estou com duas bem evidentes que ficarão para sempre em mim. E não sei se foi consequência delas, mas nunca, em 34 anos de vida, refleti e repensei tanto meus valores, meus sonhos e principalmente o tempo e o instante presente.
Quando reli a frase hoje cedo, compreendi melhor seu significado. As cicatrizes de fato trouxeram à tona minha fragilidade. Aquela que todos nós temos mas que demoramos a tomar consciência e senti-la. Porque sim, é necessário que ela apareça para também conseguirmos enxergar (e sobretudo acreditar) na nossa coragem.
Um comentário:
Cicatrizes são comprovações históricas de vida vivida. E dependendo, podem ser um charme delicioso.
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