Minutos. Horas. Dias. Semanas. Meses. O tempo passa e ando passando com ele. Alguns amigos mais chegados me perguntam como consigo viver sempre bem. Essa é uma pergunta recorrente e parei para pensar nela recentemente. Parei para pensar, pois não estou sempre bem. Os altos e baixos todos temos. A questão é que pelo jeito não devo demonstrar muito. Verdade. Só quem me conhece e enxerga no fundo dos meus olhos sabe algumas dores, frustrações e dúvidas. Sabe da solidão que sinto em vários momentos do dia, da semana, do mês. Dessa falta insuportável de não ter - de fato - alguém para compartilhar meu dia a dia. De me apegar tanto com meus gatos e amigos e achar que eles bastam. Acredito que a principal dor que sinto ultimamente é este vazio de amor. Há uma incoerência, eu sei. Talvez por fora eu demonstre que não me importo com nada disso, mas eu gosto. E acredito que não há quem não goste. É necessário o equilíbrio e boa parte da minha vida eu vivo apenas o outro lado. A paixão, o desejo, o momento. Mas e o depois? Então crio planos para que o depois exista, me arrisco, tento fazer o certo e ... não continua. Esses erros e riscos estão - de verdade - dando no saco. Então mudo o foco. Vou para os estudos. Vou para o trabalho. Mas então passam-se os minutos, horas, dias, semanas e meses. A vida vai passando e vou passando com ela.
E quem passará o resto comigo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário