2.10.08

um tapa

Eu nunca imaginei que postaria algo sobre este assunto: escrever sobre certas pessoas. Geralmente, eu deixo no ar mesmo. Para quem entender, pegar a mensagem. Sei lá porquê. Só que, hoje, eu quero falar sobre uma pessoa. Uma mulher como eu e como qualquer uma. Porque se ela tem defeitos, eu também tenho e todos nós temos. Mas acontece, que, ultimamente, ando percebendo que ela os tem demais. É possível? É. E quais são? Ah, são vários. Então diga. Pois é aí que está o problema: acho que é tudo uma questão única e nunca sei se cabe a mim julgar, mas como tenho (e ainda bem, que todos temos) esse direito de ir e vir, lá vai um exemplo que eu fiquei assustada, para não dizer outra coisa.

Acabei de entrar no g-talk para ver se falava com alguém do planeta Terra (porque nos últimos dias estou vivendo em Marte). Daí ela me solta o seguinte diálogo:

- Como andam as coisas?
- Bem e você?
- Agora estou menos atolada. Nesta semana parou o sistema e acumulou um monte de trabalho. Estava cheia de coisas para fazer. Mas agora, melhorou.
- Sei ... q droga.
- É, e vc? Tudo bem?
- Tudo. Tá osso por lá. Trabalhando demais. Saindo super tarde, chegando cedíssimo. Mas tudo ok. Aprendizados .... o problema é que com a crise toda, tudo piora.
- Deve ser foda. Mas, que crise?

Pausa. Como assim: que crise? Crise de dor de barriga? Crise de dor de dente? Crise de enxaqueca? Ai santo. Eu sei. Eu sei que muita gente me condena porque faço essas cobranças jornalísticas e malas com os outros. Eu mesma faço minha mea culpa porque há muitas coisas que acontecem no mundo e eu não fico sabendo. Como, por exemplo, a morte da Dercy Gonçalves - sim, fui saber quase 15 dias depois. Mas, esta de perguntar: que crise? Será que ela não passa em frente à nenhuma banca de jornal? E nem seria necessário comprar o jornal ou a revista, mas apenas ler as manchetes dos últimos dias. É pedir muito? É pedir muito para uma pessoa que passa o dia todo em g-talk, orkut, fotolog, MSN dar uma entradinha no Uol de vez em quando e ler alguma matéria sobre o assunto?

Ah. E piora. Sempre tem como piorar. O diálogo prosseguiu com ela falando que tava meio por fora nesses últimos dias. Meio por fora? É por isso que eu digo (e isso venho repetindo ha alguns dias para mim mesma): é preciso selecionar. Passam-se os anos e cada vez mais eu seleciono. Fecho o grupo, ligo para quem eu quero. Falo com quem eu quero. E abro, com toda a alegria do mundo, a cabeça e os braços, me jogando no tempo para boas conversas e gente interessante. Enough.

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