11.10.07

Feito um despeito de eu não ter como lutar ...

Tem certos dias que, ao menos uma vez no ano, acontece. Dias que a gente acorda, vai tomar banho e o telefone toca. O banho quente, fica frio. Os olhos enxutos, se molham de repente. No céu, o azul esplêndido se torna um simples azul. A rotina se quebra e todos ficam moles e tontos sem saber bem que fazer.

E são dias assim que fico pensando o modo que a tristeza invade meu coração. A tristeza quando é sincera mesmo e pura vem lá de dentro do coração e vez ou outra dá uma pontada ardida. Eu sinto sempre como se fosse um ar subindo pela garganta, umas dorzinhas no coração e depois, passado esta sensação o pequeno suspiro: hunf

É soltar este pequeno ar e no mesmo instante sentir os olhos aguados. Ouvir pequenas lembranças dentro de mim, paradas no olhar fixo em algum ponto. Mas que dor no peito é essa? Saudade? Revolta? Tristeza? Apenas dor. Não sei de qual sentimento pois tudo se mistura, remexe, não pára.

Essa é a tal tristeza que sinto quando perco alguém querido. Ao mesmo tempo em que a vida continua e as horas passam, sentir este sentimento acho que é a melhor sensação para tentar compreender cada vez mais que a vida é rara, especial e que devemos vivê-la ao máximo.

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