1.10.07

Quando eu era menor ele esticava um braço para cima o outro para baixo e dizia: vem aqui, suba na árvore. Eu e meu irmão tentávamos escalar aquela árvore enooorme sem que ele se mexesse para nos ajudar.

Passaram-se alguns anos. O homem grande se tornara em alguns dias um amigão protetor e no outro simplesmente uma pessoa na minha frente negando meus pedidos pré adolescentes.

E mais alguns anos se passam. Ontem mesmo eu comentei que a melhor idade para nos darmos bem com eles seria a partir dos 30 anos. Quando nos tornamos também pais e assim, nos igualamos à eles. Será?

Não consigo lembrar quando a minha admiração de pai amigo começou mas a cada dia que passa fica mais intensa. Ele me cobre de carinho, atenção, risadas e conselhos. Me dá broncas quando precisa e quando não precisa. Quer atenção, sabe ouvir, faz de tudo para me deixar bem e se esforça para viver a vida do modo mais humilde e prazeroso que existe.

Sou uma invejosa. Ele tem os defeitos de pessoa, homem, adulto e pai. Mas tem também um amor pela vida e pelas pessoas que não consigo sentir sempre. É como se ele fosse um pedaço de bondade que anda solto nas ruas de São Paulo.

O bom é saber que esse pedação está também dentro da minha casa ensinando todos os dias eu soltar minha bondade por aí.

3 comentários:

Unknown disse...

Engraçado, penso a mesma coisa do meu pai: "Um pedaço de bondade solto por aí!"
Eles deveriam ser eternos, não achas?
Beijos Rachel!

moça dos olhos d'água disse...

a Lari tem razão, eles deveriam ser eternos... mas, sabe, acho que serão pra sempre porque estão em nós mesmos. felicidades sem limites pro seu pai-amigo-protetor! beijos, queridoca!

MariPassos disse...

Seu pai é um fofo mesmo!! O meu também, um querido!! rsrs, saudade de vc nega! Qto ao que me escreveu amiga...aquele scrap é pra eu esquecer...é comprometido e ela apareceu, entendeu? Bjim