Ah, esse suspiro mole. Ah, as pernas que não conseguem me sustentar. Ah, esse sorriso largo. Ah, esse peito aberto. Ah, como se eu não soubesse. Como se eu não tivesse a plena certeza de que sentimento é este. Coisa doida. Vendaval. Ar gelado, ar quente. Que sobe, desce, toma meu corpo todo. Acalma, agita. Dá pressa e faz parar o tempo.
E pensar que tantos poetas quiseram entendê-lo. Besteira. O amor não se entende. Se sente. Quer emoção mais pura? Não sei, não há. O amor que tenho por tantas coisas da vida é tão explícito e incrível de sentir que me sinto viciada. Doida. Completamente apaixonada. Agora, por ele, que amor é esse?
Tentemos resolver este enigma com uns trechos do meu companheiro, Pablo Neruda:
Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva
Em Taltal não amanhece ainda a primavera
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos
juntos desde a roupa às raízes,
junto de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos
É. Incrível como viramos um. E mais incrível é meu coração apertado de saudades. Já? Sim, já.
2 comentários:
Pablo Neruda é legal!
atualizei o meu e falei da festa de sexta...
Quer saber o final? Ah, vai ter que esperar o filme em 2009...
adoro o Neruda. e saudades dói, mas essas suas são por um bom motivo. e vão passar rápido, você vai ver. ;) beijoca
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