22.6.08

tempo rei

(após uma pequena histeria silenciosa de um post sobre probleminhas que incomodavam meu pensar e o viver de algumas pessoas, resolvi seguir com meus relatos neste cantinho de escritas do meu jeito)

Ahãm. Bom, continuando a série sobre coisas que o filme Sex and the City causou em mim, parte II.

Há muito tempo eu venho comentando com algumas pessoas próximas sobre a dificuldade que tenho em manter amigos antigos, fortificar as relações e mesmo assim me abrir para novas. Digo isso porque é realmente algo que devo trabalhar mais neste ano e sei disso porque foi uma decisão tomada lá em cima, nos montes nevados de La Paz. Aonde a altitude estava bem (quando digo bem é bem mesmo) alta de qualquer dúvida.

Listei quatro garotas que fazem parte da minha vida ha algum tempo e em como eu tenho que dar importância para elas, visto que a nossa amizade já superou muitas coisas. Uma delas é a minha amiga de 15 anos. Sim, nos conhecemos desde 1994, quando ela tinha 11 e eu, 12. Ela é aquela pessoa que com um olhar ou um suspiro no telefone sabe exatamente o que se passa comigo. E é com ela que abro detalhes, segredos e tudo mais que melhores amigas fazem umas com as outras. É a mesma idade, a mesma cabeça, e de uma forma ou de outra, os mesmos valores para a vida - apesar de termos objetivos opostos e sonhos desiguais também. Mas a respeito, a ajudo e vice-versa.

Ok. O que isso tudo tem a ver com o filme? Simples. Eu nunca tive além dela, mais duas amigas para montarmos um grupo de mulheres faladeiras e fofoqueiras. Nunca, nunquinha. Tentei. Sério mesmo. Mulheres em grupo são ótimas e fazem um barulho danado (vide o local que eu trabalho, com cerca de 75% só de mulher). Porém, ao ver o filme, tentei resgatar na minha memória o motivo pelo qual eu gostava da série.

Pois bem, há 3 anos algumas moças (hoje mulheres) me ensinaram o que era Manhattan, o que era Dolce&Gabbana, porque era importante fazer as unhas e vez ou outra usar batom vermelho. Saí do cinema morrrendo de saudades de todas. As primeiras broncas de verdade, os primeiros conselhos por quem já tinha vivido tudo aquilo ... Ah! ... quantas histórias! ... Liguei. Com os olhos cheios de lágrimas e sentindo o frio da Paulista, liguei para uma delas e fiquei besta em ouvir que ela não tinha ido ver o filme ainda. Como não?! Não deu tempo, a vida tá corrida.

Olhei para o lado, vi as duas amigas de 21 e 22 anos que me acompanhavam ali na calçada e sorri. Elas têm exatamente a mesma idade que eu tinha quando conheci este grupo de amigas queridas. O misto de saudades se misturou com aquela estranha vontade que tive em abril de chegar logo aos 30 anos. Mas depois, as gargalhadas se abriram aqui dentro quando me recordei do filme, das personangens, da série e de que ainda tenho longos e deliciosos quatro anos para que isso aconteça.

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