26.6.08

puxadinhos

Coloquei o quarto copo de chopp no chão, ao lado do lixo. Me equilibrei dentro da cabine e do banheiro sujo. Nem tão sujo, mas, largado. Não havia fila, não havia meninas fazendo poses na frente do espelho e fofocando sobre a balada. Fiquei ali pensando que se não fosse quarta-feira certamente eu ficaria naquele lugar até altas horas da madrugada. Saí e voltei para a mesa.

As luzinhas de natal, os quadros de paisagens nas paredes com espelhos, os enfeites e penduricalhos dividiam espaço com grupos de amigos em mesas escuras, largas, com copos e casacos. A nossa, estava com mais mulheres que homens. Mas no caso, naquele momento, permanecia vazia, apenas com duas porções de batatas fritas murchas, copos pela metade e bolsas, muitas bolsas.

Começou com uma cantoria tímida, Zeca Pagodinho, risadas e algumas fotos. Depois lotou. As pessoas que estavam no palco ficavam tampadas pelos amigos que se juntavam à frente do telão, próximas ao carpete vermelho e aos pratos fedorentos de repolho que chegavam no balcão. Eu apenas sorria. Os copos de chopp viravam água e as meninas juntas, uma gritaria.

Fomos embora depois de muitas sertanejas, Fábio Júnior, Latino, Fagner e até Sandy & Júnior. O pagamento me surpreendeu quando vi que nem havia gastado tanta grana e que tinha me divertido horrores em apenas 3 horas. Dentro do carro, no silêncio e nos meus pensamentos moles eu só pensava que aquela se tornaria mais uma baladinha diferente, viciante e que ainda me renderia boas risadas com outros amigos.

E claro, depois de tantas notícias, exposições e especiais sobre o centenário de imigração japonesa tive que tirar o chapéu para o karaokê da Liberdade. Arigatô

3 comentários:

Anônimo disse...

Querida,

Mais uma baladinha boa ao seu lado. Sempre quis te levar lá e agora deu certo, precisamos ir sem hora para voltar, beber todas e cantar muito (mesmo que sem tom...ehhehe).

Vc fez a descrição exata do local e das emoções.

Te adoro!

Beijocas

Bia

Marcelo disse...

Vc foi na choperia Liberdade?! É mó legal lá, né? E a velhinha que é a dona de lá? Não é o máximo? Nós a chamamos, carinhosamente, de ba-chan (avó).
Só não canto lá, pois é muito mico...
Bjos!

Larissa Saram disse...

Um dos melhores aniversários EVER!
Já que você não vai mais ficar aqui do meu ladinho, a gente pode combinar uns happys made in Japan,né!?
Beijocas