1.9.08

aqui e lá

Quando a segunda-feira acorda e me joga pra fora da cama eu sempre penso: são duas. E continuarão sempre sendo duas. Sempre, sempre, sempre. Muitas vezes, elas se integram. Se misturam. Mas é raro. E é como se eu fosse uma atriz. No palco uma coisa, no camarim, outra.

O que eu tento dizer é que são duas realidades. O final de semana que se passou eu estava na maior paz, sem preocupação alguma, sem dor de cabeça, sem chateações, sem horários, sem nada. Me refugiei num sítio em Jarinú-Campo Limpo-Atibaia e lá fiquei.

Assim como alguns finais de semana que passo com eles, desta vez, foi mais um. O peso da birutada não estava completo. Faltavam vários. Mas, mesmo assim, me diverti horrores. Cantamos, bebemos, dançamos, sorrimos e falamos todas as merdas imagináveis. É sempre assim com eles. Se alguém me visse, nem iria me reconhecer. Mas é assim. E assim eu gosto.

Daí, no domingão a coisa começa a mudar. Afinal, raios, é domingo. Mas ainda tem o aconchego dele, seus abraços, beijinhos e carinhos sem ter fim. Tem filme bom no sofá azul, tem jantar gostosinho e tem as horas que passam e sinalizam o final. Ai, que raiva quando se completa 22h.

Raiva de ter que deitar na cama e lembrar que no dia seguinte não poderei levantar tarde. Raiva que ainda faltam longos e eternos meses para minhas férias. Raiva de ter que vir até aqui e daí?Ah. Melhor parar. E adormeço. Caio naqueles sonhos sem pé nem cabeça, me afastando dessa realidade juvenil que ainda pulsa nas minhas veias. Qúeim, quéim, quéim. Toca o alarme da segunda realidade.

E bora levantar. Escolher a roupa, sapato, combinações. Mais de dez minutos na cama olhando para o guarda-roupa aberto. Ai, por que sou tão crítica assim? Que seja! Vai essa mesmo. Daí me troco, tento fazer tudo cronometrado, para dar tempo ao tempo. E as coisas vão acontecendo. No caminho ainda me forço a lembrar do que se passou, do final de semana, das conversas e risadas. Mas não dá. Se não eu perco o metrô. Perco a hora e todas as minhas responsabilidades matinais e semanais.

Hunf. Ding dong. Já cheguei toda suada. Já volta meu mal humor.
E ainda são 10h.

Um comentário:

Francisco disse...

Hahahahaha.... Poderíamos trabalhar de fim de semana e ficar a semana inteira sem trabalhar.... Já pensôu?

Meu fim de semana também foi GREAT! Curtir o friozão de Campos com a namorada não tem preço... É clichêzão, eu sei! Como eu disse pra ela: "A vida é toda feita baseada em clichês, se clichê fosse ruim, ninguém faria! Por isso que eu digo: Viver é o maior clichê de todos!"

Mas foi bom!