15.9.08

! ...

Ele pega aqui embaixo no calcanhar. Fica prendendo meus passos e meus pensamentos. Daí surge uma nova escrita. Cheia de rabiscos, emaranhados, nós, encruzilhadas. Enigmas. Entra e sobe meu corpo todo. Respiro o frio gelado de 13 graus. Expiro ele aos poucos. Ar cortante. Melodias tristes e péssimas lembranças. O passado é avassalador. Ao mesmo tempo que lembra do que é bom, transborda de coisas já viradas, já vistas e revistas. Do que já foi. Do que poderia ter sido, não foi e nunca (nunca) vai ser. O passado me machuca e deixa filetes abertos que nunca consigo cicatrizar. E lá começa uma semana de rascunhos, suspiros frios, coração costurado e feridas abertas. Como são doloridas! Sem graça e sem cores. As feridas eternas. A doença da alma.

Nenhum comentário: