Quando vi que todos estavam no mar, reparei que faltava alguém ali comigo. O guia, sentado numa das cadeiras de plástico fumava um cigarro atrás do outro. Acho que era por alívio de tudo estar dando certo. Depois, pensei que era por nervossísmo por tudo que viria depois.
Deitei na canga azul, apoiei a cabeça na toalha do hotel e fiquei na dúvida: será que eu podia trazer a toalha do hotel para cá? Em seguida, uma outra questão: qual será o melhor ângulo de sombra pra apoiar o copo de breja sem deixá-lo no sol? Daí eu resolvi chutar o balde: liguei pra minha mãe e perguntei isso tudo só para provocar.
Depois de andar naquela areia fofa e quente, a decisão foi entrar no mar e aliviar o sol que estava batendo nas minhas costas. A água era tão verde e transparente que dava para ver meus pés, alguns cardumes entre minhas pernas e uns seis tipos diferentes de algas que boiavam tranquilamente. Para imitá-las resolvi fazer igual e ali fiquei. Aberta para o céu me preocupando apenas em saber o lado da maré.
De pé novamente, senti o brilho do sol bater no meu rosto e vi minha sombra dentro do mar. A única frase na minha mente era: realmente, não é necessário Photoshop. Isso tudo é real, é lindo e estamos no Brasil.
Daí ontem, de volta à alguns prazeres paulistanos, o Jorge Ben Jor cantava assim: essa é a razão da simpatia, do poder, do algo mais e da alegria. Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. Mas, que beleza. O cara sabe das coisas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário