O filme é Forrest Gump. A cena é a primeira mesmo. Música do Alan Silvestri. A pena branca que vai caindo devagar, ele pega e coloca dentro do livro. Mas daí, antes de chegar até ele, a pena voa e acompanha a música e todas as viradas dos instrumentos. É simplesmente perfeita. Enche os olhos e faz a gente suspirar.
Pois bem. Sem me alongar muito, mas relatando brevemente, eu me lembrei desta cena hoje à tarde. A emoção que eu senti ao entrar no prédio, subir o elevador, conversar com aquela senhora e me deparar com todo aquele espaço branco, deixaram meus olhos molhados. Meu coração quase saía pela boca a cada passo que eu dava e meus olhos não sabiam para onde olhar.
Minha mãe falava pausadamente enquanto eu ficava bestificada com a imensidão, a claridade e as notas musicais se formando aqui dentro. O coitado do corretor nem dizia nada. A dona Vilma comentava cenas da infância que passara na sala enorme e na cozinha retrô. Eu transbordava de alegria e sentia uma paz tremenda.
Daí, a volta suada e calorenta me fez voltar para a realidade. Ainda me peguei derramando umas lágrimas no metrô por outras coisas boas e ao chegar aqui abri mais a janela e me sentei toda disposta. Enquanto a tarde terminava notei uma pequenina chegando bem perto de mim. Branquinha. Miúda. Como um sonho que a gente tem, é levado para cima, levado para baixo, parece que vai cair e, de repente, sobe novamente. Daí, ela pousou.
Uma pena branca. Veio aqui me visitar. Passou por aqui de repente, para me lembrar de continuar batalhando e seguindo com este sonho. Talvez, não seja aquele, mas eu sinto que está muito próximo de acontecer.
2 comentários:
Ai que texto lindoooo!!!!!
Me senti dentro do ambiente que você descreveu!
;)
Beijos
(desejos que muitas outras peninhas ainda passeiem por aí)
;)
beijo!
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