Passeamos pelo shopping e conversamos como ha muito tempo não fazíamos. Falamos de moda, de breguices, de trabalho, de casamento e de futuro. Deixei de ver a melhor amiga, não trocamos as roupas que íamos trocar. Mas, sentamos na Starbucks e ela pediu um café gelado.
Insistiu para eu comer algo, disse que pagava e que tudo bem. Mas eu não quis. Nada atrapalhava nossas conversas. Nem o povo sem noção guardando mesa e sofás. Nem a barulheira de quem deixa para trocar tudo no dia seguinte. Nem os dois telefonemas recebidos: do amigo e do chefe.
O tempo parou ali, naqueles quase 40 minutos sentadas falando da vida, como se estivéssemos embaixo de uma macieira, com o sol se pondo e as horas passando devagar. Depois, dentro do carro lembrei que ela havia gastado uns 14 reais só com um café e o estacionamento. E ela deu de ombros e me disse a melhor lição deste natal: filha, eu trabalhei a vida toda, sempre correndo e sem tempo para nada. Agora, aposentada, tenho mais é que ter esses pequenos prazeres. Se não, de quê importa a vida?
As mães sabem de tudo.
Um comentário:
mas o melhor mesmo é aproveitar a vida antes mesmo de se aposentar...
Má
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